Bairros

Pilhas já substituem crack em Bauru

Mariana Cerigatto
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Éder Azevedo

Usuários fervem as pilhas para depois tomar o líquido alucinógeno

Como se não bastasse o crack e mais recentemente, o oxi, outra “modalidade” também apontada como devastadora passou a ser usada como alucinógeno e tem preocupado a polícia de Bauru. Trata-se do consumo de substâncias tóxicas de pilhas, que tem tornado-se “opção” para usuários que não têm recursos para fazer uso do crack.

Conhecida como “Bomba Atômica”, a droga é consumida por quem já têm histórico no consumo de entorpecentes, informa a Polícia Militar. Geralmente, explica o comandante do 4.º Batalhão de Polícia Militar do Interior (4º BPM/I), tenente-coronel Nelson Garcia Filho, os usuários procuram no lixo por pilhas usadas e aproveitam suas substâncias. “O usuário que recorre a pilhas está em situação de desespero. Ele já usou todos os recursos que tinha para consumir crack e, para manter o vício, procura se alimentar de outro tipo de substância”, aponta.

Segundo Garcia Filho, em Bauru, policiais que atuam no patrulhamento diário já constataram que algumas pessoas, em situação de desespero, recorrem às pilhas. “Eu desconhecia esse tipo de consumo. Essas informações chegam aos policiais que fazem patrulhamento, que começaram a perceber pessoas em meio ao lixo procurando por pilhas para fazer uso alucinógeno”, diz. “Pelo menos há três meses, em Bauru, acho que essa ‘modalidade’ já está sendo disseminada entre essas pessoas que não têm mais condições financeiras de usar o crack”, alega.

Conforme informa o cabo Jorge Santos, da 1.ª Companhia de Polícia Militar (PM) de Bauru, a pilha é “cozinhada” em água fervente. Depois disso, os usuários tomam o líquido contaminado com as substâncias tóxicas.

Confira os detalhes na edição impressa deste domingo (18).

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