Após matéria publicada na edição do último dia 5 em que a doação de uma área ocorrida em 1999 para a Plasútil - Indústria e Comércio de Plásticos, no Distrito Industrial I de Bauru, foi questionada, a empresa procurou o Jornal da Cidade para prestar esclarecimentos sobre o assunto. Na ocasião, o diretor-presidente da Plasútil, Marco Antônio Pereira da Silva, estava viajando e não foi ouvido em tempo, antes do fechamento daquela edição. Por esse motivo, a empresa enviou um comunicado no qual explica a legalidade dos procedimentos adotados à época e solicita a publicação a seguir:
"Diante de algumas interpretações e dúvidas que surgiram após a publicação da referida matéria neste conceituado Jornal, a direção da Plasútil avaliou como sua obrigação prestar esclarecimentos à comunidade bauruense, que a acolheu e participa da história da empresa há 25 anos.
Em 1999 foi solicitada ao Município a doação da área, que sempre esteve dentro dos limites físicos da empresa, para colocar em prática um projeto de ampliação das atividades com a consequente geração de empregos. É importante esclarecer que, originalmente, esta área constava como rua na planta do Distrito Industrial I, servindo de acesso exclusivo à Plasútil, sendo a última quadra da rua. Ou seja, a rua existia de fato como intenção em um traçado, mas não de direito.
Conforme o próprio procurador Geral da Prefeitura de Bauru, Ricardo Chamma, informou na coluna ?Entrelinhas? do JC em publicação posterior à referida matéria, todo esse processo ocorreu de forma legal, pois foi executado antes da regularização do Distrito. Dessa forma, a votação sobre a doação da área foi feita na Câmara Municipal de Bauru e aprovada em unanimidade pelos vereadores da época.
Durante o processo de aprovação foi exigida da empresa a geração de 80 empregos como contrapartida ao Município. A empresa, entretanto, foi muito além das solicitações oficiais.
Desde então, a montagem do novo módulo de produção resultou na expansão da empresa e no crescimento vertiginoso do número de empregos diretos, passando de 333 no ano de 1999 para os atuais 1.180 funcionários - além dos empregos indiretos.
Em respeito à população e às autoridades municipais, a Plasútil faz questão de esclarecer que tudo sempre foi feito obedecendo os trâmites legais e com a devida autorização pública dos poderes Executivo e Legislativo, que aliás, sempre entenderam a importância dos processos de ampliação da empresa e seus reflexos positivos na geração de postos de trabalho e fortalecimento da economia bauruense.
Há seis anos a Plasútil também investiu em uma nova contrapartida social ao Município com a construção do Centro de Educação Infantil Santo Antônio (Ceisa), instalado dentro da empresa. Ao todo, 85 crianças são atendidas no local, sendo apenas 15 filhos de funcionários. As demais 70 são moradoras do bairro Ferradura Mirim e que se encaixam nos critérios socioeconômicos avaliados pelo Ceisa.
Expansão
A expansão da empresa ocorrida com a doação da área em 1999 também possibilitou uma segunda fase de crescimento há cerca de dois anos, quando mais 300 empregos foram gerados.
Nesta época, o diretor-presidente da Plasútil foi convidado pelo governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), para instalar uma fábrica no Nordeste.
Conforme também publicado no Jornal da Cidade em 2007, o governante alegou vantagens logísticas e uma ?excelente legislação de incentivo fiscal?. Mas a decisão final foi de permanecer em Bauru e fazer mais uma ampliação.
?Mesmo com todas as dificuldades pelas quais passa o segmento de manufatura, cruelmente atacado pela indústria asiática, decidimos continuar investindo na ampliação dos negócios em Bauru, onde estão as famílias dos nossos funcionários e onde começou a nossa história. Acreditamos no potencial de desenvolvimento da cidade e sempre recebemos o apoio dos poderes Executivo e Legislativo durante os processos de ampliação da empresa?, ressalta Marco Antônio Pereira da Silva.
Atualmente, a empresa genuinamente bauruense mantém sua posição de liderança no mercado brasileiro de utilidades domésticas. Com 25 anos de atuação, possui mais de 1.200 patentes e, somente no último ano, criou 200 novos produtos, somando mais de 800 itens em seu portfólio com ampla distribuição em âmbito nacional, além de exportar para mais de 35 países em todos os continentes. Sua produção mensal gira em torno de 15 milhões de peças.
Com a nova capacidade produtiva que se tornou possível a partir de 1999 com a doação da área citada, a Plasútil ainda aumentou em cerca de 800% sua arrecadação de impostos, passando de R$ 8,3 milhões naquele ano para aproximadamente R$ 70 milhões em 2011.
Com esta publicação, a direção da empresa visa deixar claro que seu objetivo é continuar atuando na produção de bens de consumo fabricados a partir de Bauru e distribuídos por todo o Brasil e Exterior, e manter planos permanentes de crescimento em sua cidade sede, criando ainda mais empregos e fazendo parte do ciclo virtuoso de geração de riquezas e desenvolvimento do município."
