Tribuna do Leitor

MACUTENA


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Ao assistir pela televisão o grande artista Ney Matogrosso levando ao público a mensagem de que a macutena, mais conhecida antigamente como lepra e mais recentemente como hanseníase, a terrível e humilhante doença, hoje curável, tem até o apoio e o patrocínio oficial para seu tratamento e cura, eu me lembrei do que acontecia no passado.

Em tempos de outrora, ser leproso era maldição, era rejeição e todos se afastavam horrorizados e com verdadeiro asco daqueles que pelo menos se suspeitasse que fossem leprosos e que poderiam contaminar quem quer que deles se aproximasse. E esses seriam logo afastados, discriminados e rejeitados por todos.

E foi assim que, em tempos remotos, aqui em Bauru, a alma caridosa de Nicola Avalonne (pai do que foi o prefeito Avalonne Jr.) fundou uma associação que recebia nas imediações de Bauru, hoje o grande hospital cuja origem foi o Asilo Colônia Aimorés, que recebia todos os leprosos rejeitados e discriminados de outros lugares, que para ali vinham, de toda a região e até mesmo de bem mais longe, de onde quer que se soubesse que nesse local, perto de Bauru, seriam recebidos e aceitos.

Foi assim que Bauru se iniciava na sua missão de dar assistência aos necessitados e hoje vemos que a cumpre amplamente, atendendo a todo tipo de assistência social como nas grandes e muito bem administradas associações que congregam as múltiplas deficiências de que precisam de solidariedade e amor ao próximo de que a nossa cidade, graças a Deus, é um exemplo.


Isolina Bresolin Vianna ? ABLetras ? cad. 12

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