O adolescente de 17 anos de Bauru que é apontado como principal suspeito de ter chantageado em R$ 10 mil a atriz Carolina Dieckmann pode não ser ouvido até o fim do inquérito. A informação é da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), do Rio de Janeiro, que investiga o caso.
A Polícia Civil carioca informou que, como são vários crimes dentro do mesmo caso (extorsão, furto, difamação e até uma possível formação de quadrilha), o inquérito pode ser finalizado de forma desmembrada. Ou seja, a denúncia pode ser oferecida para cada um dos crimes, enquanto os outros continuam sendo investigados.
Assim, o depoimento do adolescente não deve ficar pronto até o fim do inquérito. A justificativa para a demora é que ele será ouvido por carta precatória, algo que, até agora, ainda não tem sequer prazo para acontecer.
De acordo com o que a reportagem apurou, a carta precatória foi enviada há cerca de 10 dias. Entretanto, ela precisa passar pela central da polícia carioca, que envia para a central paulista e, depois, para Bauru, onde uma autoridade policial deve colher o depoimento do jovem.
Até ontem, segundo a Polícia Civil bauruense, a tal carta precatória não havia chegado à cidade. O inquérito, de acordo com funcionários da DRCI, deve ser concluído dentro de dez dias.
O advogado criminal Sidney Nery, que irá defender o adolescente bauruense, não estranhou o fato de haver esta possibilidade da conclusão do inquérito antes do jovem ser ouvido, justamente por estes vários “braços” que o caso apresenta. Ontem, porém, ele ponderou que, quando a carta precatória chegar, ela vai ser analisada pela defesa.
Além do adolescente de Bauru, outras três pessoas teriam participado do “vazamento” das fotos íntimas da atriz Carolina Dieckmann. No dia 11 de maio, policiais cariocas cumpriram mandados de busca e apreensão nas casas dos suspeitos. Foram apreendidos documentos e computadores.
Na ocasião, um morador de Macatuba, Diego Fernando Cruz, 25 anos, teria confessado ter repassado as imagens a um site de pornografia. Além dele e do jovem bauruense, mais duas pessoas que moram em outros Estados também estariam envolvidas: Leonan Santos, 20 anos, e Pedro Henrique Matias.