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Batalhão espera ?aspirantes? da Barro Branco

Bruna Dias
| Tempo de leitura: 3 min

Foram muitos anos de estudo e dedicação para chegar onde estão: aspirantes a oficial da Polícia Militar (PM). Os jovens policiais recém-formados Giovana Clavisio Siqueira, 21 anos, André Luis do Nascimento, 29 anos, Luís Felipe da Costa, 29 anos, e Bruno Figueira Monteiro, 25 anos, respectivamente das cidades de Bauru, Duartina, Botucatu e Taubaté, permanecerão até agosto de 2013 em Bauru, aprendendo as funções práticas de um oficial da PM para então receberem a patente de 2º tenente. (leia mais abaixo)

Cada um possui uma história de vida diferente, porém com algo em comum: não têm nenhum familiar que trabalha na PM, o que é muito comum de se encontrar. Mesmo assim, por indicação ou vontade própria, eles aprenderam a amar a carreira de policiais e definem a profissão como um sacerdócio.

A bauruense Giovana Clavisio Siqueira era considerada a filha “mimada” até os seus 17 anos. Ela conheceu a Academia de Polícia Militar do Barro Branco sozinha e resolveu prestar o vestibular da Fuvest em 2008. Para a sua surpresa, ela passou e estava prestes a encarar um mundo totalmente diferente do que ela vivia.

“Eu nunca tinha morado sozinha, era considerada mimada porque só tenho uma irmã e sempre tive apoio dos meus pais em tudo. Lá aprendi que todos temos as mesmas atribuições e adquirimos muito conhecimento. Com o passar dos anos, dentro da academia, as funções vão mudando, aprendemos muito”.

Bruno Figueira Monteiro deixou a faculdade de sociologia quando um amigo o indicou a ingressar na Academia de Barro Branco. “Não tenho nenhum policial na família, mas quando meu amigo me apresentou a academia, deixei a faculdade que eu tinha cursado durante um ano, prestei o vestibular e passei”.


Carreira

André Luis do Nascimento já era cabo da PM quando conseguiu ingressar na Academia. Ele começou a prestar o vestibular em 2002. Mas como não obteve êxito de início decidiu tentar o concurso para policial temporário e começou a trabalhar em Bauru. Em seguida ele conseguiu ingressar na carreira de soldado em Iaras. “Mesmo conhecendo a tropa, é um aprendizado totalmente diferente. Lá somos todos iguais, temos as mesmas atribuições”.

Luís Felipe da Costa já tinha servido ao Tiro de Guerra e, em seguida, à Marinha, no Rio de Janeiro. Foi fuzileiro naval, mas queria mesmo uma carreira de ascensão na Polícia Militar.

“Em 2002 eu servi ao Tiro de Guerra em Botucatu e prestei a prova de fuzileiro naval. Fiquei lá durante o período mínimo de permanência e saí para prestar o vestibular. A PM tem um diferencial imenso das forças armadas. Na marinha nós recebíamos ordens e as executávamos. Na Polícia Militar todos somos seres pensantes, claro, obedecendo a ordem de um comandante”.


A Academia

O atual coordenador operacional do 4º Batalhão de Polícia Militar do Interior (4º BPMI),  capitão Fabiano Serpa, explica que os aspirantes a oficial sempre são designados pelo comando do Estado a aprenderem suas funções na prática.

“Eles permanecerão uma semana no Batalhão e em seguida irão para as companhias. Depois começarão a desempenhar o trabalho nas ruas no comando de Força Patrulha com os tenentes comandantes das Bases. Eles serão avaliados o tempo todo vão para São Paulo novamente, e se aprovados tornam 2º tenente”, salientou Serpa.

Para ingressar na Academia de Polícia Militar do Barro Branco não é preciso só passar pelo temível vestibular da Fuvest. Os candidatos fazem também um teste físico, avaliação médica, teste psicotécnico, e uma investigação social. Os quatro anos de estudo são em tempo integral, acordando às 6h. Além disso os alunos devem obter a nota 8 como média, senão perdem a vaga. 

O capitão afirma que a presença dos aspirantes em Bauru é como uma renovação da filosofia de trabalho, por conta da troca de conhecimento. “Se se tornarem 2º tenente, eles poderão exercer a patente na cidade, desde que esta escolha venha do comando do Estado. Por enquanto eles permanecem em Bauru, folgam no dia de Natal, mas trabalham no Ano Novo”.

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