Agora conectado a respiradores em um hospital de Singapura, ele busca ajuda para voltar ao Brasil. A mobilização para arrecadar fundos para o traslado já ganhou as redes sociais e espera contar com a participação de amigos e desconhecidos que se sensibilizem com a história do rapaz. O valor estimado para custear o transporte e o tratamento recebido na Indonésia é de US$ 170 mil, o equivalente a R$ 333 mil.

Nascido em São Carlos, Renato mudou-se para Bauru em 1998 para cursar educação física na Universidade Estadual Paulista (Unesp). Ainda no primeiro ano de faculdade, começou a trabalhar na Marathon, onde permaneceu até 2006.

Já atuando como educador físico, foi contratado por uma academia da Indonésia, país onde sofreu o acidente, no último dia 24 de janeiro. Ele estava com um grupo de amigos motociclistas em uma rodovia, quando acabou sendo interceptado por um caminhão que tentava atravessar a pista.

“Ele estava à frente de todo o grupo e não teve tempo de frear. Foi o único que se machucou”, relembra a mãe, Maria Beatriz Cordeiro Mecca, 58 anos. O personal teve duas vértebras do pescoço fraturadas, sofreu lesão medular e foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de Singapura, onde ainda permanece internado.

Sem movimentos

Embora esteja lúcido, ao menos temporariamente Renato perdeu todos os movimentos e a sensibilidade do pescoço para baixo, sem conseguir contrair a musculatura diafragmática, necessária para que consiga respirar sozinho. Por esse motivo, o traslado é considerado bastante delicado e precisa ser feito em avião dotado de UTI, que conte com ventilação mecânica e equipamentos de monitoramento durante todo o percurso.

A família já possui autorização médica para trazê-lo ao Brasil e vaga garantida no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, para que receba o tratamento neurológico adequado, que deve se prolongar por muitos anos. “Ele já recebeu todo o cuidado médico de emergência. A partir de agora, o progresso do quadro será lento e queremos que ele fique perto da família, para que tenha mais forças para lutar por sua recuperação”, observa Maria Beatriz.

Por enquanto, apenas o irmão do personal, o fisioterapeuta Guilherme Cordeiro Mecca, o acompanha no hospital indonésio. “O valor é muito alto e não temos condições de arcar com ele somente em família. Como o Renato é muito querido, temos esperança de que conseguiremos arrecadar o que for necessário para que ele possa voltar para o Brasil”, frisa a mãe.

Anos em Bauru

Logo que se mudou para Bauru para cursar faculdade de educação física, em 1998, Renato Cordeiro Mecca começou a trabalhar na Marathon, onde dava aulas de body combat, entre outras modalidades. “Ele chegou a morar no prédio da academia. Era personal e, depois, tornou-se monitor dos professores que davam este tipo de aula na academia”, relembra a mãe, Maria Beatriz Cordeiro Mecca, 58 anos.

Nesse período, Renato teve uma filha, Fernanda, atualmente com 10 anos e que ainda vive em Bauru. Na cidade, também fez muitos amigos, segundo comenta Maria Beatriz. “Ele é muito comunicativo, gosta muito de esportes e de estar perto de gente. Mesmo depois do acidente, não deixou de sorrir e acreditar”, observa.

Em 2006, já reconhecido profissionalmente, Renato assinou contrato com uma academia da Indonésia para continuar o trabalho iniciado em Bauru. Ele não tinha planos imediatos de voltar ao Brasil, mas o acidente de motocicleta que transformou sua vida o faz, mais do que nunca, querer estar perto da família. (TM)

Serviço

Interessados em ajudar podem efetuar depósitos de qualquer valor na conta conjunta do HSBC em nome de Renato Cordeiro Mecca e Maria Beatriz Cordeiro Mecca. O número da agência é 0959 e da conta-corrente, 00338-60. O número do CPF do personal é 195.108.648-11. Mais informações podem ser obtidas na página “Renato Cordeiro Mecca: um brasileiro precisando de ajuda”, no Facebook, ou pelos telefones (16) 3412-7054, (16) 8834-7054 ou (16) 8160-0612.