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Galão de água tem validade? Sim!

Marcele Tonelli
| Tempo de leitura: 2 min

Quem, ao comprar um galão de água, possui o costume de se atentar à validade da embalagem e não somente do produto?

O questionamento sintetiza um alerta feito pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), do Ministério de Minas e Energia: os galões de água possuem, sim, validade de até três anos.

Em visita a Bauru, o superintendente do DNPM, Ricardo de Oliveira Moraes, falou ao Jornal da Cidade sobre a importância da atenção do consumidor aos números expressos na parte plástica superior ou inferior dos galões de água envasada, sejam de 10 ou de 20 litros.

“O garrafão solta toxinas quando envelhece. No rótulo, temos a validade da água e o número referente ao DNPM-SP, que é um registro indispensável que indica que a água passou por análise clínica do nosso laboratório”, alerta.

270 empresas

Considerado pelo DPMN como o primeiro da lista em produção de água mineral, o Estado de São Paulo abriga 270 empresas das 400 existentes em todo o Brasil que fabricam e comercializam esse tipo de produto.

Mesmo sendo considerada um polo, contudo, a região possui corpo técnico reduzido no departamento para atender de modo mais consistente e fiscalizar toda a demanda.

Atualmente, a fiscalização dos pontos produtores de água mineral, para garantia da autenticidade e da qualidade do produto, é feita por meio de vistoria técnica, realizada a cada quatro anos. Após a vistoria, amostras são encaminhadas para análises ao laboratório do DNPM.

Armazenagem

Ainda de acordo com o superintendente, além da atenção à validade a ao número do DNPM, outros cuidados devem ser tomados pelo consumidor para garantir a qualidade da água como, por exemplo, armazenar o galão longe do solo, para evitar contato com insetos; longe de produtos químicos e abrigado em local fresco e protegido da luz do sol, já que a água mineral pode desenvolver algas e ficar esverdeada. Além disso, o galão também deve ser mantido em temperatura ambiente.

“A produção de água mineral é uma atividade de alto risco. Às vezes a água é potável, mas nem sempre possui quantidade de substâncias e minerais que a tornam excelente para o consumo. E nem sempre o preço alto é garantia de qualidade para o consumidor”, ressalta.

Neste ano, o JC já havia publicado matéria sobre questão da qualidade da água que é entregue em casa e consumida diretamente de galões.


Marco regulatório

Ainda nesta semana, a presidente da República, Dilma Rousseff, encaminhará ao Congresso Nacional a proposta de um marco que regulamenta as atividades do setor. O documento em questão deve sugerir a criação da Agência Nacional de Produção Mineral, que dará mais autonomia e recursos para as funções hoje exercidas pelo DNPM.

O Departamento Nacional de Produção Mineral foi criado em 1967 pelo então presidente Getúlio Vargas, com a intenção de regulamentar as atividades de extração de ferro, estanho, carvão, areia, brita e água mineral no solo brasileiro.

Em Bauru, Ricardo Moraes visitou também os estúdios da rádio Auri-Verde, onde concedeu entrevistas para falar sobre a atuação do DNPM.

  • Serviço

Acesse: site www.dnpm.gov.br

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