Avenida das Larangeiras, dos Cajueiros, das Jaqueiras, das Limeiras, dos Limoeiros, das Macieiras, dos Jambeiros, das Mangueiras, das Jabuticabeiras, das Amoreiras... São muitas as árvores frutíferas que nomeiam as vias da parte baixa do Núcleo Presidente Geisel.
Em linguagem indígena, Bauru significa “cesto de frutas”, e é no Geisel que está localizada a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Sendo assim, as ruas do bairro estão devidamente nomeadas. E muitas dessas frutas “saem” das placas de localização para enfeitar os endereços e dar sabor aos moradores. Bons exemplos são a avenida das Laranjeiras e uma praça localizada entre as ruas das Mangueiras e das Videiras, onde a vizinhança aproveitou o espaço para plantar vários tipos de frutas.
Jabuticabas
E adivinhe qual foi a espécie de árvore escolhida por um dos moradores da rua das Jabuticabeiras para dar vida à calçada? Segundo o aposentado José Aparecido Vasques, que aluga o imóvel há dois anos, as jabuticabas alegram não só a família, como também a vizinhança, principalmente as crianças.
“Eu imagino que o dono da residência tenha plantado a árvore de próposito, por causa do nome da rua. O fato é que ela é uma beleza, principalmente para quem gosta de frutas, como eu. Os nomes das ruas do Geisel são alegres, acho que isso diferencia o bairro dos demais”, opina.
A jabuticabeira de “seo” José dá frutos o ano todo, segundo ele, por causa do carinho e dos cuidados com a planta. “A gente molha bem e cuida da árvore, que este ano já está na quarta carga”, lembra.
O ‘profissional da rua’
No Núcleo Habitacional Edson Bastos Gasparini as vias foram batizadas em homenagem a diversas profissões. Por lá é possível encontrar a rua dos Ferroviários, dos Metalúrgicos, dos Eletricistas, dos Jornalistas, dos Gráficos, dos Contabilistas, dos Motoristas, dos Cabeleireiros, das Domésticas, dos Lavradores, das Secretrárias, dos Carteiros... E a dos Pedreiros, onde vive Elson Gerolano, profissional da construção civil há décadas.
Um pedreiro que vive na rua dos Pedreiros. Entre os amigos de Edson, a coincidência é motivo de brincadeiras: “Eles dizem: poxa, até a rua você escolheu com o nome da sua profissão?”, diverte-se.
Mas a semelhança não fica só por conta de Edson. Somente na quadra 6, onde ele vive, há ao menos dois outros pedreiros. “Eu me mudei para o bairro em 1984. Na época, trabalhava apenas com construção, hoje faço parte do quadro de funcionários do Departamento de Água e Esgoto (DAE) e trabalho como pedreiro nas horas vagas para aumentar a renda e porque eu gosto desse ofício”, acrescenta.