O pacato distrito de Brasília Paulista registrou em 2003 o caso mais emblemático de desaparecimento de pessoa da região de Bauru. Um menino de 2 anos, Josiel Dias Cardoso, sumiu e até hoje não foi encontrado. A vítima era moradora de Bauru e estava na casa dos avós. No dia do desaparecimento era realizado um torneio de futebol em Brasília.
O menino foi visto pela última vez por volta das 13h do dia 24 de fevereiro daquele ano. Os pais da criança, o pintor de paredes Reinaldo Antonio Cardoso e a dona de casa Leandra Maria Cardoso, na época afirmaram que chegaram a Brasília Paulista com Josiel e outros dois filhos do casal por volta das 12h30. “Eu e ele almoçamos ali na varanda. Ele acabou de comer e me entregou o prato e eu fui levar na cozinha, que fica na parte dos fundos. Quando voltei, ele já não estava mais aqui” afirmou Reinaldo.
O pai disse que perguntou de seu filho para outras pessoas da casa, mas ninguém o havia visto. “Foi um espaço de tempo muito curto. Aí saímos procurando pela rua.” O distrito de Piratininga tem pouco mais de 150 moradores, porém, naquele dia, por conta do torneio de futebol, tinha aproximadamente 500 visitantes.
Buscas
Uma testemunha, na época, contou para a polícia que viu o menino andando por uma rua de terra, uma quadra acima da rua onde mora o avô da criança. “Ele ia sozinho por aquela direção”, disse, apontando o fim da estrada onde a cidade acaba e tem início uma área com mato alto e pastagens.
Na época, um córrego e uma vasta área rural foram vasculhados pela polícia, mas a vítima não foi localizada. Há vários capões, pastagens e até mata. Apesar dos moradores dizerem que não é comum o surgimento de animais ferozes na área urbana, a polícia não descarta que um animal possa ter atacado a criança.
O caso foi investigado pelas polícias de Piratininga e Bauru. A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) trabalhou anos para descobrir onde estava Josiel, que hoje estaria com 12 anos. O delegado Silberto Sevilha Martins trabalhou no caso.
“Em 2005 e 2006, quando eu estava na DIG, voltamos a investigar, mas não havia elementos e mais uma vez as investigações não prosperaram. Me lembro que na época do desaparecimento ficamos procurando na mata. Suspeitamos de alguns moradores, um deles com problemas mentais, mas nenhuma linha de trabalho resultou positivamente.”