Passeando lentamente pelo céu, um objeto escuro, de forma cilíndrica, intrigou moradores da região da Vila Falcão, na tarde deste domingo (2), em Bauru. Muitos chegaram a acreditar que se tratava de um óvni, mas o objeto era um balão solar, ainda pouco conhecido da população.
Trata-se de um artefato feito em material plástico, que precisa ser enchido com ar, vedado e exposto ao sol. Com o calor, o ar retido no interior da embalagem aquece e expande, o que leva o cilindro a subir.
Embora já seja fabricado industrialmente, o balão solar também pode ser manufaturado com sacos de lixo colados com fita adesiva. Não se sabe, ao certo, de qual tipo era o objeto visto em Bauru, neste domingo,nem mesmo quem o teria lançado.
Moradores da Vila Falcão avistaram o artefato por volta das 15h30 na quadra 5 da rua Bernardino de Campos. Alguns cogitaram a possibilidade de se tratar de um óvni, outros imaginaram que poderia ser um balão meteorológico.
Em contato com o Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a reportagem apurou que o órgão não realiza estudos com balões desde meados do ano passado. “Todo mundo ficou intrigado. Aquele negócio ficou mais de meia hora voando naquela região, se movendo bem lentamente”, comenta a moradora Maria Inês Faneco, que estava acompanhada de amigos em uma praça.
Considerado ecológico por não depender do fogo para se movimentar, o balão solar, assim como o tradicional, também traz riscos à navegação aérea, podendo causar panes em aeronaves se for tragado, por exemplo, por uma turbina. A soltura, portanto, é considerada ilegal, com base no artigo 261 do Código Penal, que prevê pena de reclusão de dois a cinco anos para quem “expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea”.
Como a fiscalização para impedir este tipo de prática é dificultada porque depende do flagrante, o tenente Juliano Galhardo, piloto da Base do Grupamento de Radiopatrulha Aérea da PM de Bauru, espera contar com a conscientização da população para evitar o risco de acidentes. “Ainda que a probabilidade seja pequena, porque se trata de um material leve e pouco resistente, é importante que as pessoas não lancem este tipo de objeto no ambiente, porque atrapalha o nosso trabalho”, observa.
O JCNet acompanha o caso.
Facebook/Neto Gonçalves |
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O objeto no céu chamou a atenção dos moradores na Vila Falcão: plástico nas alturas |
