O Caimã, igualmente ao Santa Maria, é destinado a famílias com renda de zero a três salários mínimos, ou seja, até R$ 1,6 mil (Faixa I). As 499 unidades habitacionais do Residencial Caimã foram sorteadas em 14 de abril de 2013 (aniversário de 158 anos de Botucatu) em evento realizado no Centro Histórico – em frente ao EECA. Na oportunidade, 5.279 famílias foram selecionadas como aptas ao sorteio.

Cada casa do Residencial Caimã tem 41,20m², divididos em: dois quartos, sala, banheiro, cozinha e área de serviço, com piso cerâmico em todos os ambientes. O investimento total foi de R$ 34,9 milhões, com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). As casas estão avaliadas em R$ 70 mil. Os contemplados irão pagar parcelas que irão variar de R$ 25 a R$ 80, pelo período de dez anos.

Do total de 499 unidades, 15 são adaptadas para Portadores de Necessidades Especiais (PNE). O residencial possui ainda, áreas verdes e área institucional. Todas as casas estão equipadas com aquecedor solar. O empreendimento também é equipado com infraestrutura completa: pavimentação, redes de água, esgoto, drenagem, energia elétrica, iluminação pública e disponibilidade de acesso ao transporte público.

A família do pedreiro Renato Marcos Pereira Moreira foi uma das 499 contempladas com casa popular no Caimã. Segundo ele já são quase dez anos pagando aluguel. Agora, com esta economia, pretende investir na própria casa e outros benefícios à família “Entre aluguel, comida, água e luz era cerca de R$ 1,5mil. A minha prestação agora vai ser R$ 60. Então isso dá pra retornar num dentista e outros bens para os filhos. É um peso que sai das costas da gente”, garante.

Outra que não se aguentava de felicidade era a auxiliar de serviços gerais, Maria de Fátima Correa. Ela conta que já havia feito inscrição para casas populares no Município, mas não tinha ganhado. Agora não vê a hora de mudar. “Não acreditava que iria ser sorteada. Morava nos fundos da casa da minha sobrinha, na Vila Aparecida. Não cabia mais ninguém ali dentro. Era a TV, a cama, a geladeira e um guarda roupa, tudo em um cômodo só para eu e minha filha. Agora é vida nova”, afirma.

Já o aposentado João Batista Ferreira, ao lado da esposa Iolanda, foi o primeiro a ter a oportunidade de entrar na nova casa. O que mais chamou a atenção foi a qualidade da moradia, que nem de longe lembra a antiga. “Morava no Lavapés. Casa tudo trincando, bem ruinzinha. Já aqui estamos no paraíso”, diz.

Casas não podem ser comercializadas - De acordo com o secretário municipal da Habitação, José Carlos Broto, os beneficiados no Residencial Caimã, da mesma forma que o Residencial Santa Maria, não podem comercializar seus imóveis pelo fato deles fazerem parte de um programa especial de financiamento habitacional, voltado a famílias mais carentes.

“Elas são para as famílias que foram sorteadas morarem. Se por algum motivo a família não for morar, então nos avise que será passada para o suplente. A gente pede também que as pessoas denunciem para a Prefeitura ou Caixa Econômica Federal para que tomem as providências necessárias”, explica.

Mais habitação

Geraldo Luiz Machado de Oliveira, superintendente regional da Caixa, conta que já são mais de R$ 179 milhões investidos em Botucatu, somados os empreendimentos habitacionais entregues e contratados em parceria com o Poder Público Municipal.

“Botucatu é referência na região. É uma parceria vitoriosa com o prefeito João Cury, que nos apoia, abre as portas, que agiliza as aprovações, discute os melhores projetos para a população, tornando viável esse programa, que é inclusivo. Trouxe muitas famílias que não conseguiriam ter sua casa própria em um modelo de financiamento convencional”, argumenta.

Além das quase 3 mil casas populares (entregues ou em construção), há em Botucatu a criação de mais 1.060 apartamentos também pelo Minha Casa, Minha Vida, além de outras 1mil unidades habitacionais em fase de análise e aprovação de projetos. A meta da atual Administração Municipal é somar 5 mil novas moradias até 2016.

O vice-prefeito de Botucatu, Antonio Luiz Caldas Júnior, também esteve presente na cerimônia de entrega das chaves do Caimã, representando o prefeito João Cury Neto, e lembrou dos desafios do atual governo na busca de diminuir a distância do sonho da casa própria, principalmente para aquelas pessoas em condições financeiras mais delicadas.