Arquivo/Quioshi Goto |
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Padre Ricci é admirador do trabalho da companhia na cidade |
Criada há mais de 200 anos pelo sacerdote francês Guilherme José Chaminade, a Companhia de Maria recebe este nome porque segue à risca os nobres ensinamentos da mãe de Jesus. E esta história de fé tem muita ligação com a cidade. Os marianistas chegaram ao Brasil através da Diocese de Bauru e, ontem, comemoraram os 40 anos desta chegada.
A história da companhia começa em 1800, quando Chaminade é expulso da França durante a Revolução Francesa. O sacerdote ficou três anos em Saragoça (município da Espanha) e, nesse período, teve tempo para rezar e pensar junto com outros sacerdotes sobre o futuro da fé na França.
De grupos de leigos, surgiu, em 1817, a Companhia de Maria, formada por religiosos sacerdotes e leigos consagrados pelos votos religiosos à Maria para serguir seus passos nessa mesma missão.
O padre marianista Francisco José, conhecido também como padre Paco, conta que os primeiros marianistas chegaram ao Brasil por intermédio do então bispo dom Cândido Padin. “Dom Cândido Padin conhecia o padre Cecilio de Lora, marianista, que colaborava com ele no Celam (Conferência Episcopal Latino Americana). Dom Cândido precisava de padres para a Paróquia de Gália (70 quilômetros de Bauru) que estava vários meses sem pároco”.
Padre Paco ainda explica que a Comunidade Marianista é apenas uma das quatro frentes que formam a Família Marianista no mundo. “É formada também pelas Comunidades de Leigos (CLMs), pelas religiosas (FMI) fundadas pela Venerável Madre Adela com o padre Chaminade e pelas mulheres consagradas da Aliança Marial”, complementa.
Em Bauru
Os marianistas são muito conhecidos em Bauru pela sua dedicação, carinho e proximidade com a comunidade. “Os marianistas fazem parte da nossa história, são padres muito queridos, professores, muito bem preparados do ponto de vista intelectual. Podem ser padres ou irmãos. Ambos são consagrados. A diferença é que o irmão não é ordenado, ou seja, não pode realizar os sacramentos”, salientou o padre Luiz Antônio Lopes Ricci, grande admirador dos marianistas.
O padre Jesus Bringas Trueba, que, por mais de 25 anos comandou a Paróquia de São Sebastião, na Vila Cardia, foi um dos marianistas mais conhecidos da cidade. Ele morreu em Madri, Espanha, sua terra natal, há aproximadamente três anos, onde tratava de doença degenerativa. Padre Jesus sempre esteve envolvido em questões sobre educação, cultura, fé e ciência.
Em Bauru, os religiosos marianistas atuam na Paróquia Maria Mãe do Redentor e no Projeto Caná, no Ferradura Mirim, que atende crianças e jovens no período contraposto ao escolar.
