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Morre juiz aposentado Jasp Pedroso

Vinícius Lousada
| Tempo de leitura: 2 min

Arquivo pessoal
Jasp Pedroso e a esposa Célia Regina, com quem foi casado por 34 anos e teve dois filhos

Vítima de um câncer pancreático, o juiz aposentado Jasp Pedroso morreu na manhã desta quarta-feira (13), em São Paulo, aos 73 anos. Há uma semana, ele, que teve uma vida inteira dedicada à Justiça, estava internado no Hospital Sírio Libanês. O corpo foi velado no Salão Nobre do Centro Terra Branca, em Bauru, e o sepultamento, marcado para as 14h desta quinta-feira (14), no cemitério Jardim do Ypê.

Jasp deixa a esposa Célia Regina da Silveira Pedroso, com quem foi casado por 34 anos, os filhos Jasp Pedroso Júnior e Marcos Vinicius Pedroso, além dos netos Guilherme, Lucas Mateus e Rodrigo.

Na magistratura judicial, atuou nas comarcas de Araçatuba, Ribeirão Bonito, Penápolis e Jaú. Antes disso, foi delegado da Polícia Civil em Bauru, passando pelo antigo Serviço de Investigações Gerais e pelo Setor de Trânsito. Chegou a trabalhar ainda como policial rodoviário.

Formado em direito na Instituição Toledo de Ensino (ITE), voltou ao câmpus da faculdade para lecionar a futuros bacharéis. Depois da aposentadoria, passou a se dedicar à família, ao hobby da leitura, à prática do tênis e à pescaria.

“No último ano e meio, lutou arduamente contra o câncer. Todos os domingos, viajava para São Paulo para o tratamento às segundas no Sírio”, relata a viúva Célia Regina.

Segundo ela, outra grande paixão de Jasp era a cidade de Bauru. “Nasceu em Gália, mas era considerado ‘filho da terra’. Tanto que, depois de atuar como juiz em tantas cidades, escolheu voltar para cá. Ele era muito feliz por viver aqui”.

De longa data

Também juiz aposentado, José Paulo Ruiz conheceu Jasp em 1972, quando ingressaram na classe A do curso de direito. “À época, ele era policial rodoviário. Sempre foi um excelente aluno, muito inteligente e dedicado aos estudos. Após nossa formatura, comecei a me dedicar à advocacia e ele a se preparar para concursos públicos. Ingressou na magistratura em 1981 e eu, um ano depois”.

O amigo conta que foi trabalhar em Jaú pouco tempo depois da aposentadoria de Pedroso. “Sempre ouvi os melhores elogios sobre ele. Foi um homem íntegro em todos os sentidos. Muito equilibrado, capacitado e com perfil conciliador. De origem humilde, passou por grandes privações de ordem material durante a infância, pois morava com os pais na zona rural de Presidente Alves, a quem ajudou depois. Quando moço, trabalhou em farmácia”.

José Paulo Ruiz orgulha-se de ter incentivado o amigo a começar a praticar esportes. “Como era muito dedicado, tornou-se um grande atleta do tênis. Era também um grande companheiro de pescaria”.

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