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Manoel de Abreu será ampliado e modernizado

Vinicius Lousada
| Tempo de leitura: 4 min

Douglas Reis
Presidente da Famesp, Antonio Rugolo Junior, deputado Pedro Tobias e secretário David Uip no Hospital Manoel de Abreu

O Hospital Manoel de Abreu será fechado temporariamente para ser reformado. Obras de ampliação e adequação custarão R$ 20 milhões. O número de leitos da unidade saltará de 41 para 75 e, consequentemente, sua capacidade de atendimento aumentará de 110 para 145 internações mensais. Com isso, a unidade terá um reforço em seu perfil de internações a longo prazo e também atenderá dependentes químicos.  
A notícia foi dada pelo secretário de Saúde do Estado de São Paulo, David Uip, na manhã de ontem.

Não há prazos para que as intervenções comecem, pois o governo ainda licitará a confecção do projeto executivo para, só depois, dar início ao processo que definirá qual empresa executará os serviços, que devem se durar cerca de um ano e meio. Otimista, Uip acredita que a reinauguração do hospital possa acontecer no final de 2017.

Apesar disso, o governo pretende já dar início à transferência de pacientes internados no Manoel de Abreu, com o intuito de desocupá-lo totalmente até o mês de abril. Hoje, o local abriga 21 pessoas.

Eles serão encaminhados ao Hospital de Base, ao Hospital Estadual e ao Instituto Lauro de Souza Lima. As unidades terão ativados novos 32, 11 e 15 leitos, respectivamente, com o intuito de garantir a manutenção do volume mensal de atendimentos oferecidos à população da região.

O secretário de Saúde reiterou que, mesmo durante a fase de obras, a assistência será ampliada, já que o número de leitos criados provisoriamente é maior do que os em funcionamento no Manoel de Abreu.

Para avalizar essa oferta, o governo do Estado repassará R$ 7,2 milhões extras ao Base e ao Estadual até o fim deste ano. O recurso é proveniente do orçamento anual que deixará de ser executado na unidade a ser reformada.

Empregos garantidos
O secretário David Uip garantiu que os 132 funcionários que hoje atuam no Manoel de Abreu, gerido pela Famesp, não perderão seus empregos e terão a opção de escolher para quais unidades desejam ser transferidos.

As opções são o Base, o Estadual ou a Maternidade Santa Isabel, unidades da Secretaria de Saúde também administradas pela organização social.

As funções e remunerações originais dos trabalhadores serão mantidas durante essa transição.

Após o término das obras, o funcionário terá a opção de escolher se deseja permanecer no hospital em que foi alocado ou retornar ao Manoel de Abreu.


Estrutural

David Uip pontua que o Manoel de Abreu, fundado na década de 1950, necessidade das modernizações e ampliações projetadas para adequar o atendimento aos avanços tecnológicos da medicina atual. “As obras irão trazer novos equipamentos e melhores condições de trabalho”.

Uip reitera que a unidade é considerada estratégica para o atendimento da região. “A reforma é tão estrutural, que não adiantaria fazer por partes. Será mais rápido e menos oneroso parar as atividades temporariamente”.


Tobias destaca ala para dependentes químicos

Dos 75 futuros leitos do Manoel de Abreu, 15 serão destinados a pacientes dependentes de álcool e outras drogas. A iniciativa foi elogiada pelo deputado estadual – e médico – Pedro Tobias (PSDB).

“São epidemias que desgraçam famílias e o investimento do Estado neste setor em meio a este cenário de crise é de suma importância”, avaliou.

A unidade já contou com dez leitos do tipo anteriormente, mas eles, há algum tempo, haviam sido redistribuídos entre os municípios de Botucatu e Jaú.

“Usávamos um espaço do hospital para esse tipo de atendimento, mas não era algo oficial. Com a reforma, teremos condições e estruturas adequadas para receber esses pacientes”, explica o presidente da Famesp, Antonio Rugolo Junior.

PERFIL
No mais, o Manoel de Abreu manterá o mesmo perfil de atendimento, realizando internações prolongadas de clínica médica e infectologia. Além disso, serão implantados novos recursos de diagnóstico, como aparelho de raio-x, ultrassonografia e estrutura de análises laboratoriais.

READEQUAÇÃO
Outra novidade será a redução do número de leitos por quartos após as obras no hospital. Atualmente, a divisão é de três a cinco leitos por cada quarto. Depois da reforma, serão dois por quarto.

De acordo com a Secretaria de Saúde, a mudança garantirá maior conforto e privacidade aos pacientes e acompanhantes.


Maternidade

O secretário David Uip aproveitou a vinda a Bauru para vistoriar as obras na Maternidade Santa Isabel. Iniciadas em fevereiro de 2014, elas devem ser concluídas no mês de dezembro, após acréscimos ao projeto inicial. O custo inicial das intervenções, de R$ 13 milhões, deve chegar a cerca de R$ 18 milhões, segundo a diretora do Departamento Regional de Saúde (DRS-6), Doroti da Conceição Vieira Alves Ferreira.

O deputado estadual Pedro Tobias afirmou que, após o término das intervenções, Bauru e região terão uma maternidade de “primeiro mund”o. “Está demorando um pouco mais porque não tem como fechar o hospital, então os serviços são feitos por partes”.

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