Certa vez, as árvores da floresta se reuniram para escolher um rei que reinasse sobre elas. As árvores chegaram até a Figueira e disseram para que ela reinasse sobre toda a floresta, ela logo respondeu que jamais deixaria seu fruto doce que alegra os homens, e iria reinar sobre a floresta.
Saindo dali foram até a Videira e fizeram o mesmo convite: videira, reine sobre nós. A videira respondeu prontamente que jamais deixaria de produzir o vinho que alegra a Deus e os homens e reinaria sobre todas as árvores da floresta, da mesma forma foram elas atrás da oliveira e pediu que reinasse sobre elas e da mesma maneira a oliveira deu a resposta que jamais deixaria ela de produzir seu óleo que alegra os homens e reinaria sobre aquela floresta toda.
Então, foram todas as árvores atrás do espinheiro e disseram:
- Espinheiro, reine sobre nós?
Ele prontamente disse: já que me escolhem como rei sobre vocês, então venham e estejam debaixo do meu espinheiro!
Moral da história, como bauruense que sou de todo o meu coração, presencio um ano eleitoral que se assemelha à verdade contida nesta parábola. A falta de boas opções pode acarretar a escolha do espinheiro, tomemos muita cautela, pois os candidatos que ingressarem na vida pública e assumirem um mandato de 5 anos terão que ter muito pulso firme e principalmente uma política nova e uma administração no mínimo excelente para assumir uma Bauru naufragada em buracos, autarquias cabideiras de empregos e uma população desacreditada.
Que apareçam as figueiras, oliveiras e videiras disponíveis a renunciar as vantagens pessoais e se levantem de cabeça erguida para assumirem um executivo e legislativo com um novo jeito de fazer politica, aquela nobre política, que ainda existe e que todo bauruense e brasileiro sonha e que, na verdade, mesmo mergulhados na decepção, ainda resta dentro de cada um de nós uma chama de esperança.
E que venha a nobre forma de fazer política, a política comunitária, aquela do povo, pelo povo e para o povo. Afinal, Bauru merece!