| Douglas Reis |
![]() |
| Drogas, balanças e dinheiro foram apreendidos |
A Polícia Civil de Bauru, por meio de Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), deu um “duro golpe” no tráfico, nessa sexta-feira (27), em Bauru. Estas foram as palavras utilizadas pelo delegado titular da Dise, Cledson Nascimento, ao informar a prisão de três pessoas e a apreensão de 37,8 quilos de pasta-base de cocaína e 47,4 quilos de crack, avaliados em quase R$ 1,5 milhão no varejo.
As drogas, que estavam em uma casa no Parque Jaraguá, abasteceriam pontos de tráfico por Bauru e região. Acusados de serem os cabeças do bando, os primos Bruno Carneiro, vulgo Alemão ou Ratão, e Marcelo Diamantino Carneiro, ambos de 33 anos, foram presos. Wbson Ricardo Demira Justiniano, de 30 anos, vulgo Binho, acusado de guardar a droga, também foi preso.
Com os detidos, a Polícia Civil apreendeu uma sacola com R$ 30 mil em dinheiro, proveniente da venda de entorpecentes. “As investigações os apontam como grandes distribuidores desses tipos de drogas. Com certeza, demos um duro golpe no tráfico em Bauru hoje (nessa sexta-27)”, ressalta Cledson.
INVESTIGAÇÕES
| Polícia Civil/ Divulgação |
![]() |
| Bruno Carneiro, de 33 anos, foi preso em casa no Nova Esperança |
![]() |
| Marcelo Diamantino Carneiro, 33 anos, foi detido no Jd. Petrópolis |
![]() |
| Wbson Ricardo Justiniano, 30 anos, foi localizado na sua residência, no Jaraguá |
As investigações sobre o caso tiveram início após a apreensão de 17 quilos de drogas no Parque Santa Edwirges, em novembro do ano passado. No local, a PM não encontrou ninguém, mas apreendeu alguns documentos, entre eles a identificação de Wbson.
Em posse das informações, a Dise iniciou as investigações e descobriu a ligação de Wbson com os primos e seu atual paradeiro, agora, no Jaraguá.
Com mandado de busca em mãos e com apoio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e do Departamento de Inteligência da Delegacia Seccional, a Dise chegou ao novo endereço de Wbson, na quadra 4 da rua Azor Garcia dos Santois, por volta das 6h dessa sexta-feira (27).
BRAÇO DIREITO
Em um quarto da casa, estavam os entorpecentes, que Wbson havia acabado de empilhar. “Em razão das chuvas, ele havia desenterrado os dois tonéis com grande quantidade de drogas no quintal de terra”.
Na ocasião, Wbson chegou a se apresentar como dono do entorpecente, mas a polícia já sabia que ele era braço direito dos primos. Além da droga, duas balanças de precisão também foram apreendidas.
MAIS PRISÕES
Na sequência, os policiais seguiram para a casa de Bruno, na quadra 3 da rua Tatuí, no Nova Esperança. Ao perceber a presença dos policiais, ele tentou fugir e abandou uma sacola repleta de dinheiro no chão. Houve perseguição e Bruno acabou detido alguns minutos depois.
Posteriormente, na quadra 3 da rua Osório Ribeiro Martins, no Jardim Petrópolis, a polícia também cumpriu o terceiro e mandado, desta vez, contra Marcelo. “Tanto ele quanto o Bruno se resguardaram no direito de depor em juízo. Mas as investigações apontam que eles tinham o mesmo grau de hierarquia no bando”, pontua o delegado.
Os três detidos foram encaminhados para o Centro de Detenção Provisória (CDP).
REINCIDÊNCIA
Wbson não tinha antecedentes. Já os dois primos, Marcelo e Bruno, foram presos pelos mesmos crimes em 2013 pela própria Dise e por porte de arma. Segundo Cledson Nascimento, por uma questão judicial estavam em liberdade. “Por excesso de prazos, eles, atualmente, respondiam pelos crimes em liberdade”, comenta Cledson.
‘Vida confortável’
Ainda não se sabe quanto o trio faturava. Anotações da contabilidade, apreendidas na casa de Bruno, serão analisadas pela Dise.
Apurações preliminares, contudo, apontam que os primos levavam uma “vida confortável”. “O Marcelo comprou, recentemente, uma caminhonete S-10, avaliada em R$ 70 mil, pagos em dinheiro”, relata o delegado. Antes da prisão, ele e Bruno também tinham acabado de voltar de uma viagem. Passaram uma semana em Ubatuba”.
Dise acredita que primos buscavam os entorpecentes em Ponta Porã
Agora, a Polícia Civil trabalhará na análise dos celulares apreendidos e contabilidades para tentar chegar a outros pontos de tráficos e descobrir o fornecedor da droga.
A princípio, acredita-se que Marcelo e Bruno adquiriam os entorpecentes em Ponta Porã (MS). “São indivíduos já bastante conhecidos nos meios policiais. Eles têm outras pessoas que trabalham para eles na venda direta. O forte deles era a negociação de droga no atacado, pelo acesso que eles tinham a traficantes da fronteira”, comenta Cledson.
Segundo ele, outras prisões poderão ser decretadas no decorrer das investigações.



