| Bruno Freitas/Noroeste |
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| O ex-zagueirão Monteiro já revive as sensações de atleta profissional; no domingo ele será o primeiro da série de homenageados pelo clube |
Um dia as chuteiras são penduradas, mas o legado é para sempre. É com este pensamento que a diretoria do Esporte Clube Noroeste vai promover, já a partir desse domingo (10), às 10h, no jogo contra a Internacional de Limeira, em partida válida pela 4ª rodada da Série A3 do Paulista, a primeira de uma série de homenagens para ex-jogadores que foram e continuam sendo ídolos do Norusca.
O formato da iniciativa é inédita e o primeiro homenageado pela diretoria do Noroeste será o ex-zagueiro Monteiro, que marcou época na década de 90 pelo bom futebol, pelo respeito que impunha nos atacantes adversários, pelas vitórias em confrontos marcantes e, é claro, pelos longos cabelos de seu visual “menudo”, moda naquela época.
O clube vai promover ao ex-atleta a sensação de estar novamente ambientado a uma partida profissional. O ex-zagueiro Luiz Antônio Monteiro, hoje com 43 anos, residindo em Bauru, vai entrar em campo com o time, uniformizado, com chuteira, meião, calção e camisa, igual aos dos atleta do time atual. Monteiro entrará junto com os jogadores, enfileirados e reviverá a emoção de atravessar o campo em direção ao tradicional cumprimento da torcida.
Na sequência, posará para foto oficial do time junto com os demais jogadores. E, por fim, receberá uma placa de reconhecimento da diretoria do Noroeste. O mesmo procedimento será feito para homenagear outros jogadores, um por vez, nos outros jogos realizados no estádio Alfredo de Castilho.
“ELES MERECEM!”
“Queremos que todos os nossos ídolos e ex-atletas se sintam abraçados, homenageados e representados pela figura do Monteiro. Queremos homenagear muitas pessoas ainda e começamos pelo nosso grande ex-zagueiro. Vamos revelar os próximos nomes sempre nas antevéspera dos jogos em casa, tanto na Série A3 quanto na Copa Paulista 2017. Ao Monteiro, deixamos aqui o nosso muito obrigado por todo o comprometimento, dedicação e por ter suado a camisa noroestina com garra e amor”, disse Estevan Pegoraro, presidente do Noroeste, por meio da assessoria de imprensa do clube.
Monteiro esteve nesta ontem no clube e ficou surpreso. “Eu comecei no Noroeste em 1987, nas categorias de base. Aqui é a minha segunda casa. Fui chamado para fazer parte do time profissional quando ainda tinha 16 para 17 anos. Havia até uma “disputa” interna, porque um técnico me queria no sub-20 e o Pedro Virgílio Rocha me queria no elenco principal. Eu nasci para o futebol graças ao Noroeste. Minha estreia foi com 16 anos, contra a Ponte Preta, em pleno estádio Moisés Lucarelli. Apanhei muito naquele dia, mas, depois, como bom zagueiro, aprendi a dar aquelas entradas mais firmes que assustavam os atacantes”, lembrou Monteiro, considerado pela torcida como zagueiro vigoroso, forte e de ótima estatura, 1,95 de altura, e que não dava brecha aos adversários e empunha muito respeito na zaga do Alvirrubro nos anos 90.
Trajetória na zaga
Entre outros clubes, o jogador defendeu ainda o Mirassol, Esportivo de Bento Gonçalves, no Campeonato Gaúcho, Ypiranga Futebol Clube, de Erechim, Rio Grande, Pelotas, Ferroviária do Ceará, e o próprio Ceará. No futebol, o que ele mais lamenta foi de ter perdido a oportunidade de ter disputado e adquirido sua independência financeira no futebol chinês. Ele rompeu o tendão de aquiles e precisou encerrar a carreira muito novo, aos 30 anos. Monteiro teve ainda passagens rápidas por times da Espanha, Bélgica e França.
“Sou muito grato por ter vestido essa camisa maravilhosa do Noroeste e estou feliz demais em ver o estádio voltando a ficar sempre cheio. A torcida de Bauru é vibrante e apaixonada. Quero registrar aqui o meu agradecimento também a todos os meus ex-técnicos, que foram muitos e todos de extrema qualidade, mas também para o meu filho Lucas Monteiro, razão da minha vida e que mora em Bento Gonçalves (RS) com a mãe. Beijo, filho. Pai te ama. Dedico tudo para você”, disse o zagueirão.
