Jogando atualmente pela equipe Claudinho do Churros, na categoria supermáster do BTC, onde organiza o meio-campo e busca título da competição, Marcelo Batatais, de 42 anos, em entrevista ao JC, lembrou da carreira e do motivo que o fez a deixar o futebol, quando recusou propostas para trabalhar como auxiliar, inclusive de Vanderlei Luxemburgo, seu ex-técnico, optando por dedicar-se à família.

Marcelo Batatais começou a carreira em 1990, no Guarani. Jogou no Botafogo de Ribeirão Preto, conquistando acesso da Série A2 à A1 do Paulista. Atuou com destaque pelo Mogi Mirim e depois jogou no Cruzeiro, de 2002 a 2005. Com Luxemburgo, Alex, Luizão, Deivid, Aristizábal e companhia, conquistou dois estaduais, um Supercampeonato Mineiro, uma Sul-Minas, um Brasileirão e uma Copa do Brasil. Pela Raposa, jogou ainda duas Libertadores e duas Sul-Americanas. Ele ganhou ainda dos cruzeirenses a medalha "Ídolo Eterno".

Depois do Cruzeiro, Marcelo Batatais jogou no Coritiba, mas foi no Vitória (BA), por dois anos, onde voltou a ter sucesso. Como capitão, conquistou em 2007 o acesso da Série B à Série A do Brasileirão. Liderou a equipe novamente dentro de campo no Brasileiro do ano seguinte, inclusive com gol de rara beleza para zagueiros, que o deu uma placa de gol mais bonito do campeonato, ao estufar a rede do Figueirense, de bicicleta, pela Série A de 2008. Na época, só não concorreu ao Prêmio Púskas da Fifa porque este ainda não havia sido criado.

Aposentou-se no São Caetano em 2011. "Tive vários convites para trabalhar com futebol, inclusive do meu amigo Luxemburgo, mas não aceitei. Fui jogador numa carreira de 18 anos e optei por me dedicar à minha esposa Janaina e minhas filhas Marcela e Ana Carolina", comenta Marcelo.