O destino traçado quando da chegada do casal e filhos, foi a fazenda de Alfredo Elis, situada em Louveira (SP), na qual trabalharam como colonos durante dois anos, quando o chefe do clã - Zeno - veio a falecer vitimado em um desastre de trem. No ano de 1900, a viúva Anna Carotto Turini e seus filhos deixaram Louveira com destino a Jaú, onde continuaram a trabalhar em fazendas de café da região.
Com o passar do tempo, os filhos mais velhos se casaram, mas alguns permaneceram residindo na região de Jaú. Giocondo, com 23 anos de idade, contraiu matrimônio em 10 de outubro de 1903 com Francesca Giuseppa Vanni, natural de Morano Sul Pó (Itália). Francesca nasceu em 10 de março de 1884 e chegou ao Brasil com 17 anos, residindo com seus pais em Jaú. Giocondo e Francesca, com suas economias compraram um sítio na comarca de Barra Mansa, próximo do Rio Tietê e lá passaram a residir.
Do casamento nasceram os filhos Itália, Ernesto, Josephina, Ida, Marino, Raymundo, Emília, Santo, Guilherme, Ricardo, Severino e Oswaldo. Em 1929, Giocondo adquiriu uma fazenda em Tibiriçá, para onde transferiu seu domicílio, no auql residiu com todos os filhos solteiros até o final da II Grande Guerra em 1945. Na sequência mudou-se para Bauru, indo morar na Rua Rio Branco, nº 13-28 em cujo imóvel, no fundo, possuía uma fábrica de farinha. Trabalhou com muita responsabilidade e, principalmente, honestidade, dedicação essa que permitiu a sua entrada no ramo imobiliário, quando adquiriu uma área de 12 alqueires e lá, com o sócio José Gimenes Campanha, fundou as Vilas Paulista, Nova Paulista e 9 de Julho, com 650 lotes residenciais. Sua esposa, Francesca, aqui permaneceu por algum tempo e faleceu em Ourinhos em 30 de dezembro de 1971, na qual residia com a filha Emília. Ambos estão sepultados no Cemitério da Saudade em Bauru.
Nosso editor, ao preparar esta reportagem baseada nos informes de José Roberto Turrini, está perfeitamente lembrado de alguns dos membros da família, a exemplo de Santo que integrou a Força Expedicionária Brasileira que participou da II Grande Guerra, de Mário que foi um dos proprietários da Fábrica de Espelhos Paulista, em cujo local posteriormente funcionou a primeira sede do Jornal da Cidade. Recorda também de Marino, proprietário da conhecida Sapataria A Jato, que funcionava na parte central da Rua Batista de Carvalho.
Ao preparar estas matérias, que lembram e muito o passado da terra bauruense, muitas vezes diferentes e antigos episódios voltam à lembrança, pois os seus personagens eram vistos em nossas caminhadas pelas ruas da cidade. Essas passagens dos velhos tempos afloram a nossa mente como um passe de mágica. Agradecemos ao José Roberto Turrini pela oportunidade que nos ofereceu em escrever sobre essa família de autênticos pioneiros.