Tribuna do Leitor

Hoplofobia

Paulo Boccato
| Tempo de leitura: 3 min

Hoplofobia é o medo ou a aversão insana a uma arma de fogo e nisto concorda o norte-americano e psicólogo Phd Bruce Eimer, que analisou em sua pesquisa milhares destes indivíduos que não raramente também apresentavam em comum algum nível de dissociação com a realidade entre as milhares que existem, daí a dificuldade dos hoplofobos em bem perceber a realidade a sua volta e com ela interagir com equilíbrio!

Ainda segundo ele, tais "descompensados", tinham de fato real ojeriza por armas de fogo na medida em que eles próprios, em auto engano, mascarados por uma pretensa e confortável autoimagem de bondade e amor ao próximo como fundo, não conseguiam em verdade conter eles próprios a si mesmos e aos seus impulsos mais agressivos diante de certas situações de stress ou ainda na outra ponta do mesmo fenômeno, quando sob pressão e a necessidade de agirem, responderem as ameaças contra a própria integridade com outro extremo inverso, uma anomia, um deixar-se abater (coisa antinatural ao instinto humano de autopreservação) com um nada fazer digno de uma vaca no abatedouro.

Tais pessoas, os hoplofobos, sabem em seu íntimo que tipos como eles não podem mesmo ter ou portar armas pois o seu racional não alcança seu emocional (que os domina no lugar do bom e velho cérebro) daí o porque não conseguem mesmo passar no rigoroso teste psicotécnico exigido em nossa lei a que todo candidato a compra ou ao porte de armas deve se submeter. Pior, incapazes de a isto assumirem, projetam no "outro"
seus próprios medos como se todos fossemos escravos da rasa emoção e a isto em linguagem psicológica tal mecanismo de defesa é chamado de "projeção" onde eles atribuem aos demais a periculosidade da qual são eles os reais latentes e que neste caso de armas de fogo, o fazem projetando culpa e perigo jogando isto nos proprietários deste objeto!

Ainda segundo tal estudo, estes tipos são igualmente incapazes de assumir a responsabilidade pessoal por suas próprias emoções e procurar desenvolver autoconhecimento sobre a fonte de seus próprios medos vivendo em negação de sua verdadeira natureza subliminar oculta e, agressiva.

Hoplofobos também tendem a exagerar e de fato exageram mesmo e muito, precisando acreditar que pessoas que possuem armas de fogo em situação de desavença de opinião iriam sacá-las para "ganhar a discussão", que seriam elas intempestivas brandindo armas por qualquer mínimo motivo tipo batidas de transito ou bate-boca com vizinhos ou familiares não reconhecendo neles mesmos tal impulso falho e negativo. Alongados da realidade, creem magicamente que se um determinado objeto (arma de fogo) não existisse desapareceria o perigo como se um ser humano hoje não fosse capaz de misturar carvão, salitre e enxofre para fazer no quintal pólvora ou com um pedaço de cano, um elástico e dois pregos, uma eficiente 'pica-pau' no mesmo quintal como aliás nossos antepassados o fizeram! Pior, mais mágico em suas fantasias seria a bastante existência da pura lei proibindo a posse e o porte de armas, sumindo o objeto some o problema e caso resolvido para ele esquecendo convenientemente um mero "detalhe", bandido existe e não segue mesmo lei alguma e alguns são de fato terríveis facínoras seja por motivação financeira ou por puro prazer de causar terror em sua vítimas .

Por fim, quando os nazistas queimaram livros em praça pública, foram as armas em nome da sobrevivência do homem, da liberdade, da democracia e das ideias que apagaram aquele terrível incêndio imoral e perverso posto que duas verdades são imutáveis, a primeira é que armas sempre existirão e a segunda é que somente um homem bom armado pode deter um homem mau armado!

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