A parceria de futebol feminino iniciada neste ano, entre o Noroeste e o projeto já existente entre Semel e FIB, revelou sua primeira atleta. Apesar do time ter sido eliminado na primeira fase do Paulista sub-17, um dos destaques do time, a meia-atacante bauruense Paola Pereira, 16 anos, foi observada pela Ferroviária na competição e, posteriormente, passou a integrar o time de Araraquara. Por lá, ela vai ter condições de treinar numa estrutura de futebol feminino em clube que, recentemente, conquistou o bicampeonato brasileiro feminino profissional.
O técnico Elton Carvalho, responsável tanto pelo time feminino do Norusca quanto pelo projeto social entre Semel e FIB, falou sobre a evolução de quem começou no futsal, em Bauru, e agora está na base do principal time feminino do País. "Ela sempre batalhou muito, treina demais e é extremamente dedicada ao que faz. Sempre teve apoio dos pais para jogar, tendo a mãe viajando com a gente. A Paola tem muito foco naquilo que ela quer. Tem entendimento técnico e tático, sempre liderou o grupo no Paulista, foi a capitã, e é exemplo para as demais meninas do projeto que fazemos em Bauru por meio da Semel e da FIB", comentou Elton, lembrando que Paola treinou por dois anos no projeto social Semel/FIB.
SONHO
Nascida em 2003, destra, 1,63m de altura, Paola é uma jogadora que demonstrou habilidade no ataque. Tem recurso do drible, bom passe e velocidade, fatores que chamaram a atenção da Ferroviária. Paola, inclusive, já estreou na segunda fase do Paulista, agora com as cores da Ferrinha, e mostrou ter estrela, fazendo um dos gols da vitória diante do São José por 2 a 0, no último domingo (13). Ela revela que o desejo de ser profissional é um sonho. "Sempre achei muito legal o futebol, desde pequena. Acompanhava o masculino e, conforme os anos foram passando, eu queria jogar cada vez mais, fazer gols", revela.
Seus primeiros chutes foram ainda na escola, no Projeto Atleta do Futuro (PAF), do Sesi, aos 8 anos. Em 2016, começou a jogar futsal e, em 2017, passou a jogar no campo também, até vestir as cores do Noroeste em competição federada, a primeira do clube, neste ano.
"Meu desempenho nesse ano pelo Noroeste, individualmente, foi muito bom. Ninguém esperava, acho, mas eu consegui mostrar o que eu sei fazer, que é jogar futebol. Claro, graças às minhas companheiras de time. Tenho muito o que melhorar ainda e estou trabalhando isso. Quanto ao time (Noroeste), quem acompanhou sabe o quanto a gente evoluiu da primeira para a última partida", comentou Paola pela assessoria de imprensa do Noroeste.
NA FERROVIÁRIA
Sobre a Ferroviária, Paola ressalta ser um desafio muito grande. "É difícil deixar para trás meus amigos, minha cidade de Bauru, passando a morar em Araraquara. Mas a vida é feita de escolhas e eu escolhi isso para a minha. E vou procurar o meu espaço e vou realizar meu sonho. Vai ser muito difícil, eu sei, mas eu vou realizar o meu sonho, que é ser jogadora de futebol. Quero chegar numa seleção de base, no profissional, ser atleta reconhecida. É uma área que eu não quero sair mais. E no futuro poder ajudar meninas como eu. Porque uma das coisas que eu mais gosto, além do futebol, é ajudar as pessoas", finaliza.