Sempre queremos nos livrar logo de situações que não nos agradam. Não temos paciência para passar por períodos difíceis nem boa vontade para esperar até que as coisas se acalmem. Somos adeptos das soluções rápidas.

Deus tem seu tempo para tudo. Ele não se afoba, não se precipita. Seus planos são perfeitos e sempre com propósitos definidos. Ele quer nos dar alívio em nossos sofrimentos mas, ao mesmo tempo, trabalhar para nosso crescimento, desenvolver em nós qualidades próprias de pessoas que se dizem verdadeiros cristãos.

Jeremias, o profeta, falou, em nome do Senhor, que Deus não os levaria de volta à sua terra imediatamente. Era para eles edificarem casas ali, plantarem, constituírem famílias e se multiplicarem naquela terra. A ordem não agradou. Então rejeitaram a Jeremias e passaram a ouvir outros profetas; aqueles que lhes falavam o que queriam ouvir.

É muito comum rejeitarmos a vontade de Deus quando ela não coincide com a nossa. Buscamos alternativas que aliviem nossa consciência e justifiquem nossa desobediência. Distorcemos as palavras daqueles que nos alertam para que a razão fique do nosso lado. A vontade de Deus, no entanto, é soberana. E é bom entendermos que só nela seremos bem sucedidos. Ainda não é tempo de voltarmos à normalidade de nossas vidas (e não sabemos quando será), e isso nos faz ansiosos e estressados.

“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais” (Jeremias 28:11). Deus tinha a intenção de levá-los de volta à sua terra. Seus pensamentos eram os mesmos que os deles. A diferença é que isto não deveria acontecer imediatamente. Para que a volta do povo trouxesse a felicidade que almejavam, era necessário que primeiro ficassem um tempo ainda no exílio, abençoando, com sua presença aquela terra. Deus quer que fiquemos parados, quietos por um tempo. Olhar pra dentro, buscar conhecê-lo melhor. "Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus", diz o Salmo 46:10.

Precisamos aprender a esperar e, enquanto esperamos, fazermos o melhor que pudermos para sermos bênção onde estamos, no nosso caso em nossa casa. Dedicarmo-nos à família, ao convívio de amor. Não queiramos pular etapas, supondo que nossa urgência pode apressar os planos de Deus. O melhor a fazer é nos submetermos à Sua vontade confiando que Seus pensamentos são de paz e não de mal e que, no final, Ele nos dará o fim que desejamos.