Ele possui boa estatura para a função de armador, 1,97m. Tem "padrão internacional", com porte, habilidade e físico, muita explosão, para jogar em ligas fortes. Se permanecer no basquete brasileiro, deve sobrar. E o melhor, desponta como o cara para assumir e comandar a Seleção Brasileira dentro de quadra. E por muitos anos. Repito, após uma temporada de reafirmação, precisa seguir melhorando, se aprimorando e se cuidando para almejar a excelência.

Destaques

O quinteto ideal do NBB12 teve Georginho na armação; nas alas, André Góes (Mogi) e Marquinhos (Flamengo), além de Devon Scott (Minas) e Rafael Hettsheimeir (Franca) como pivôs. Penso que caberia o bauruense Lucas Dias, do Franca, nessa equipe aí na vaga do jogador do time mineiro. O técnico vencedor foi Guerrinha, que ganha seu primeiro troféu como melhor treinador do NBB.

E se superação é uma palavra ligada ao MVP do campeonato, também é ao técnico da temporada. Guerrinha fez um trabalho brilhante com orçamento limitado, lidou com desfalques e extraiu o máximo de seu elenco. O Mogi era o quinto colocado no momento em que o NBB12 foi paralisado pela pandemia de coronavírus - posteriormente, foi encerrado sem definição de campeão. Adversidades que podem se repetir no próximo ciclo, se renovar com o Mogi, que vive dificuldades financeiras e já vem perdendo nomes nas movimentações de mercado. André Góes, seleção do NBB12, por exemplo, já acertou retorno ao Franca.

Bolha

Na NBA, as franquias estão na Flórida, onde ficarão na "bolha" localizada em um complexo da Disney, nas proximidades de Orlando, até o final do campeonato. Tudo minuciosamente planejado com protocolos rígidos de segurança, apesar do clima de incerteza entre os próprios jogadores de que realmente ocorram as partidas planejadas, que devem começar no dia 30 deste mês. A NBA está isolada, mas no "olho do furacão". A Flórida vem registrando um pico atrás do outro no número de infectados com o coronavírus e é uma das áreas mais sensíveis no cenário da Covid-19 nos Estados Unidos.

Vários atletas resolveram não embarcar para a "vida na bolha". A liga não vai punir ninguém que optou por não se internar seja por qual motivo for. Muito dos que aceitaram já criticam. A comida, os quartos e até cobertores foram alvos de reprovação. As 22 equipes que seguem na briga pelo título estão hospedadas em três resorts, com quadras de treino e três arenas que receberão os 88 jogos que restam da temporada regular, mais os duelos de playoffs. Tudo pela "bagatela" de cerca de R$ 800 milhões. Isso para evitar um prejuízo ainda maior.