Nos dias atuais, é perceptível muita gente demonstrando necessidade ou livre arbítrio de ser produtivo o tempo todo. Estar produtivo, bem diferente de estar ocupado, é quando se produz algo que agrega valor em seu objetivo.
Através de esforço físico ou mental você pode produzir na atitude de orar, de pesquisar, de intelectualizar-se, de orientar alguém, de educar-se, de praticar caridade, de perdoar, de compreender o outro, de animar um grupo de pessoas e inclusive de parar para refletir sobre você mesmo. Em outras palavras, ser útil para si e para os outros.
Eis aqui algumas hipóteses que levam o indivíduo possivelmente a querer produzir continuamente:
A consciência pesada por não ter dado o máximo de si em situações no passado;
Ter noção que pode fazer muito mais;
Devido a aceleração de pensamentos, que provoca uma sensação de futuro ocupar espaço no presente, ter a impressão de que a vida se tornou mais curta e é necessário aproveitá-la ao máximo;
Receio da ociosidade, que geralmente facilita a negatividade predominar nos pensamentos e sentimentos;
Dificuldade em priorizar as atividades essenciais, aquelas que você tem de fazer de imediato para evitar problemas e obter resultados;
Dificuldade em falar não para atividades que não agregam valor no momento;
Trabalhar na profissão que ama;
Considerar os três receios mais comuns da comunidade, que são os de ficar para trás, de não ter atenção e de faltar dinheiro;
Ser um realizador obcecado em atingir metas;
Segundo Carlos Bernardo González Pecotche (1901 - 1963), escritor, educador, pedagogista e pensador humanista argentino, "Dominar o tempo, fazendo que seja fértil ou produtivo, é ter conquistado uma das chaves da evolução."
Já Galileu Galilei (1564 - 1642), físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano, afirmava que "A condição natural dos corpos não é o repouso, mas o movimento."
Por outro lado, sabe-se, por parte de teólogos, que o mínimo esforço limita a expansão da consciência humana. Em resumo, não existe progresso evolutivo na zona de conforto.
Em face dessas afirmações, surgem alguns questionamentos: Será que precisamos repousar mais do que oito horas de sono, que representam um terço das vinte quatro horas do dia? Oito horas é um bocado de tempo. Quem viver noventa anos deixará trinta anos de sua vida dormindo;
Será que precisamos de tanta ociosidade?
Será que no balanço da vida, nos sentiremos como desperdiçadores de talentos e recursos?
E, considerando isso, como estará a nossa auto consideração, isto é, o amor a nós mesmos? É sabido que o esforço é terapêutico.
Podemos testar muitas maneiras de se livrar de vazios internos inexplicáveis, mas nenhum é tão eficaz quanto o trabalho produtivo. E cá entre nós, como é gratificante descansar depois de um dia produtivo. Pense nisso!