O desempenho econômico brasileiro em 2021 será positivo. Inflação, mesmo com pequena alta recente, está sob controle. Os juros estão baixos e vários setores da economia em evolução. É possível projetar um bom 2021, com crescimento na ordem de 3,0% a 3,5% em termos reais (acima da inflação). A inflação oficial deve fechar 2021 na casa dos 3,5%. A cotação do dólar comercial deve assumir o piso de R$ 5,00 e durante o ano oscilar em torno deste valor. A taxa de juros básica se ajustará ao patamar de inflação, podendo atingir 3,5% a 4,0% ao ano. O desafio será mostrar austeridade fiscal, e com isso resgatar a confiança dos agentes econômicos.

Voltando a realidade do orçamento familiar

Estamos nos últimos dias de 2020, e tendo ainda as comemorações da virada de ano, não vamos ser estraga prazer, afinal, mesmo que comedidamente devemos brindar um novo ano, mas meu racional fala mais alto, portanto, vai o alerta: as indesejadas contas de início de ano virão. Nem todas as famílias terão os mesmos gastos, mas não custa lembrar do IPVA, do IPTU, da matrícula escolar, do material escolar e do saldo das contas de fim de ano. Dependendo do orçamento familiar mensal o impacto destas contas poderá elevar tais gastos em duas e até três vezes se comparados a um mês normal. Controlar os gastos é fundamental para evitar o endividamento bancário.

Quem cuida do pouco, cuida do muito

Não é porque a virada do ano se aproxima que você e sua família irão abrir a guarda. A correria, aquele produto que faltou, tudo isso faz com que não tomemos o devido cuidado, não pesquisemos os preços e o gasto será maior do que o projetado. Um grande erro cometido pelos consumidores é pagar tudo no cartão de crédito, sem ter planejado o valor para pagar a fatura integralmente. A pergunta é: você terá condições financeiras de pagar a fatura integralmente em seu vencimento? Se a resposta for não, a rolagem da fatura trará custos elevados. Estamos falando de juros na casa de 12% a 14% ao mês. Não faça isso. A única forma de não entrar o ano no vermelho é segurar as pontas e ter clareza na sua capacidade de pagamento. Evite a compra de última hora, sem a devida pesquisa de preços.

Pandemia foi um aprendizado

Neste momento é fundamental que pratiquemos o aprendizado que a pandemia nos trouxe em tudo e em especial na gestão das finanças pessoais. Quem não trabalhou para obter excedentes, passou apertado no período mais agudo do isolamento social. Vamos elencar algumas dicas para ajudá-lo na direção da melhor gestão das finanças da casa. Escolha seus investimentos com sabedoria; seja ético antes de pensar em lucro; evite gastos com jogos de azar; não se deixe enganar pelos argumentos de vendedores bem preparados; não deixe o dinheiro destruir seus relacionamentos; pense duas vezes antes de estourar o limite do cartão de crédito. É fundamental que o dinheiro seja somente um meio de troca e não aquele que estabelece quais amizades pretende ter, evitando que a ganância norteie suas decisões. Também evite tratar o dinheiro como se fosse um produto qualquer. Faça um esforço para viver com mais simplicidade.

Foco no orçamento familiar

Um bom orçamento familiar permite planejar e controlar seu dinheiro. Quem leva a vida financeira embolada não consegue sair do lugar. Lembra-se da regra 50, 15, 35 que abordamos inúmeras vezes aqui na coluna? Pois é hora de colocar em prática. Destine 50% de sua renda líquida para os gastos essenciais, 15% para suas prioridades financeiras e 35% para gastos com seu estilo de vida. Se as contas não fecharem reduza gastos a partir de seu estilo de vida.

Mude já, mude para melhor!

Pratique a solidariedade e tenha espírito coletivo. Que o aprendizado deste ano seja para que cresçamos como pessoas. Sempre é tempo para mudar! Mude já, mude para melhor! Um santo e excelente 2021!