Davison de Lucas

Cérebro travado

02/05/2021 | Tempo de leitura: 2 min

Tem gente que ora para afastar a suas dificuldades. Mas, pelo que percebo, esse tipo de ajuda só acontece depois que a pessoa exauriu todas as suas possibilidades. Por que é assim? Os problemas são mecanismos que a vida nos envia com propósitos de realizar desenvolvimentos de inteligências intelectuais e morais. Seria mais inteligente mergulhar em prece e pedir mais forças para suportar e vencer. O escritor americano Philips Brooks (1835 - 1893), escreveu: "Nunca ore suplicando cargas mais leves, e sim ombros mais fortes". A oração tem poder enorme, desde que se tenha fé e o pedido seja útil no bem. Nesta linha de raciocínio, para superar a dificuldade tem-se de aprender ser amigo do tempo, uma vez que não existe problema que com a paciência não se resolva. Tem-se de gostar de resolver, pois se existe problema, existe solução. Pesquise e pense exaustivamente que a criatividade surge.

Tem-se de ter consciência que em determinadas circunstâncias agimos como um elefante. Quando filhote, esse grande animal é amarrado a uma cordinha frágil. Quando cresce e passa a possuir uma força gigantesca, pode ser mantido preso ao mesmo amarrilho, uma vez que condicionado não tem noção da força que agora possui.

Geralmente, o ser humano têm essas amarras, que chamo de travas. Eis alguns exemplos: timidez, receio de ser excluído, aceitação de falas inadequadas vindas de professores e parentes na infância, acreditar que não existe felicidade sem sucesso profissional e necessidade de ser perfeito. Através da adversidade o indivíduo é obrigado a conhecer os seus limites, gerando oportunidades de se autoconhecer melhor. Sem autoconhecimento, não tem como ter autocontrole, autoconfiança e confiança na vida.

Saiba que construir um computador com as mesmas possibilidades de um cérebro humano estima-se que custaria no mínimo um quintilhão (1 acompanhado de dezoito zeros) de dólares. Praticamente somos seres sem limites. Não tem sentido você ser um cérebro travado. Desperdiçar a utilização do crânio é, sem sombra de dúvida, um grande pecado. Descubra o que realmente te amarra e busque soluções. Fale com os amigos, busca ajuda profissional. Persista, pois vale a pena estar livre.

Os grandes conquistadores do passado, ao passarem por uma ponte com a tropa, destruía a mesma, visando eliminar a alternativa de fuga. Isso é se libertar de trava conhecida como ausência de coragem.

A vida é movimento progressivo, e se libertar de prisões mentais é necessário. Como filhos de Deus, temos a obrigação de transformar toda ameaça em oportunidade, pois se tem ameaça tem oportunidade.

Uma certeza absoluta eu tenho: todos nós podemos muito mais. Em face disto, fica aqui duas sugestões: agradecer as dificuldades e dizer em alto tom "viva a vida".

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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