José Milagre

Eu não xinguei meu chefe! Foi o assistente virtual?

08/08/2021 | Tempo de leitura: 4 min

Recentemente, um caso inusitado envolvendo assistentes virtuais veio a público. Um nova-iorquino, conhecido como Meech, se manifestou no Twitter após quase ser demitido. Conforme a postagem, por culpa da sua assistente virtual, após ler um e-mail desagradável do seu chefe, acabou manifestando sua indignação em voz alta. Foi aí que a assistente virtual Siri escreveu suas palavras em um e-mail e enviou como resposta ao patrão de Meech. Por mais que este seja um caso engraçado, muitas pessoas se preocupam com o uso e armazenamento de dados que são recebidos pelos assistentes virtuais, apesar de já sabermos que assistentes como a Alexa só gravam conversas "após receber o comando de ativação". Será mesmo?

O benefício dos assistentes virtuais

Por outro lado, essa inovação tem se mostrado muito benéfica em outras esferas. Foi observado recentemente pela Amazon que idosos que possuem assistentes virtuais se sentem menos sozinhos apenas pelo fato de terem como se comunicar durante o dia a dia. Além disso, as assistentes virtuais podem ser programadas para emitir lembretes de horário de remédios, lista de compras, afazeres, tocar músicas, piadas, histórias e muito mais. Os benefícios não param por aí! Famílias compostas por pessoas com deficiências auditivas têm usado os comandos de luz, que podem ser programados pela Alexa, para se comunicar e criar códigos. Deste modo, quando cores luminosas são acionadas, por exemplo, a pessoa consegue identificar um pedido ou aviso de seus familiares.

'Alexa, não registre este crime!'

Em 2018, um suspeito foi considerado culpado por crime de assassinado em New Hampshire (State v. Timothy Verrill, Order on Motion to Search, No. 219-2017-CR-072 (N.H. Super. Ct., Strafford County, Nov. 5, 2018) . Os policiais encontraram um dispositivo Echo da Amazon. O juiz do caso demandou que a Amazon entregasse as gravações do Echo. Se a Amazon fornecesse, estaria na berlinda. No entanto, neste caso, houve a recusa da empresa, em nome da privacidade. De acordo com os dados da própria Amazon, ela recebe menos de 500 mandados de busca anualmente (não apenas para percepção de som, mas também para outros dados armazenados). Existem estimativas de que 16% dos americanos têm algum tipo de alto-falante inteligente em suas casas. Segundo a Amazon, os dados do ambiente não são gravados, a menos que ocorra ativação de voz. A questão é polêmica. O que você pensa? Deveria a Alexa contribuir para o esclarecimento de um crime? Escreva para consultor@josemilagre.com.br

Tecnologia por trás de luva sensorial!

Já imaginou uma luva capaz de receber estímulos táteis? Se não, saiba que tal ideia já está saindo do papel. Engenheiros do instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) estão trabalhando em um projeto capaz de reproduzir a destreza tátil das nossas mãos. O objetivo dos pesquisadores é ajudar pessoas que tiveram comprometimento de funções motoras a restabelecer tal sensibilidade. A luva é composta por sistema complexo de eletrodos e sensores que são capazes de detectar e calcular a pressão exercida por cada objeto.

Kindle e roubo de informações

O Kindle é um leitor de livros digitais da Amazon bem conhecido e um dos últimos aparelhos que passam em nossa mente quando se trata de fraudes e roubo de dados. Por outro lado, recentemente, a empresa Check Point detectou uma vulnerabilidade. Atualmente, qualquer pessoa consegue publicar um livro na Kindle Store e o disponibilizar o arquivo para download. É aí que mora o perigo. Criminosos digitais têm utilizado malwares disfarçados de livros. Desta forma, o usuário baixa o arquivo pensando ser só um livro, deixando seu aparelho vulnerável. Tal problema pode acarretar desde a exclusão de toda a biblioteca até o roubo de senhas e dados pessoais referentes a conta do usuário. Portanto, todo cuidado é pouco! Antes de baixar qualquer arquivo, nunca deixe de verificar sé é seguro e confiável.

Inquérito apura fraude no sistema eletrônico de votação

O plenário do TSE aprovou na última terça (2) a proposta do Corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Luiz Felipe Salomão, para converter em inquérito administrativo o procedimento aberto, para que autoridades possam apresentar provas que comprovem ocorrência de fraude no sistema eletrônico de votação em 2018, especificamente, nas urnas eletrônicas. O inquérito permitirá dilação probatória e realização de perícias e outras providências que se fizerem necessárias. Falaremos sobre a segurança das urnas em uma coluna dedicada ao tema. Envie sua sugestão de tema ou dúvida: consultor@josemilagre.com.br

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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