Wagner Teodoro

Final feliz

15/08/2021 | Tempo de leitura: 3 min

A data é 28 de maio de 2022. O local é o Estádio São Petersburgo, na cidade russa de mesmo nome. E o momento é de glória. Messi atravessa o campo para cumprimentar seu mentor Pep Guardiola. O craque acaba de levar o Paris Saint-Germain a alcançar sua obsessão. O time francês é, enfim, campeão da Europa. O título da Champions veio com uma vitória por 3 a 2 sobre o Manchester City. Messi deu assistências para os gols de Neymar e Mbappé e anotou o terceiro, o do título, nos acréscimos, quando o jogo se encaminhava para a prorrogação. Tudo saiu como o planejado há meses pela diretoria da equipe. Um elenco estelar que deu resposta e sacramentou o que o clube perseguiu por anos. O PSG, finalmente, escreve seu nome na "Orelhuda" e entra no rol dos gigantes do continente. No momento de erguer a taça, "We Are the Champions" tocando a todo volume, máquina de papel picado a postos... o despertador toca. E o torcedor do PSG acorda sobressaltado. E percebe que era novamente o mesmo sonho. Mas esboça um sorriso nos lábios, porque sabe que o sonho pode, sim, se tornar realidade na data e local marcados.

A contratação de Messi em jogada precisa e rápida do PSG, após o craque deixar o Barcelona e "uma vida" para trás, coloca o time francês em patamar inédito de olho naquele que é o título que lhe falta: o da Liga dos Campeões. Messi, aos 34 anos, ainda é um diferencial absurdo, ainda é capaz de desequilibrar, ainda é um jogador inigualável na técnica e soma, além de poder de decisão e qualidade indiscutíveis, experiência, liderança e estrela ao elenco parisiense. Sim, porque Messi está acostumado a ganhar, sabe o caminho das taças - acabou, inclusive, de quebrar a "maldição" na seleção argentina conquistando a Copa América. Novos ares, novos desafios, novos fãs, um jeito diferente de ser idolatrado. Em Paris, Messi não é "santo de casa", não é "prata da casa". É, sim, um reforço de ouro. E a esperança renovada de que é possível ser dono da Europa e do mundo.

Não só ele

E Messi chega a um clube que tratou de formar uma seleção mundial. Além de Neymar e Mbappé (se não for para o Real Madrid), terá o amigo Di María e um elenco absurdamente profundo, com opções de qualidade em todos os setores. Não vejo em termos de nomes outro grupo que se compare no planeta. Só nesta janela de transferências na qual acertou com Messi, o PSG contratou também Sergio Ramos, Hakimi, Wijnaldum e Donnarumma. Na frente do goleiro campeão da Eurocopa pela Itália, Ramos vai formar a melhor dupla de zaga do mundo com Marquinhos. As laterais devem ter Hakimi e Bernart.

E ainda tem Icardi, Paredes, Draxler, Verratti, Kimpembe, Rafinha… Ufa! Qual deles não caberia em qualquer time do mundo? Caberá ao técnico Maurício Pochettino a árdua, mas prazerosa, missão de definir quem jogará e fazer o time dar liga para conquistar a Liga… dos Campeões. Favoritismo imenso e expectativa, pressão e cobrança nas mesmas proporções. Com tal supertime, ser campeão será primordial, mas jogar bem, dar show, também é esperado. O presidente Nasser Al-Khelaïfi, que abriu a carteira, já mandou o recado de que "agora não há mais desculpas".

Galo forte

Por aqui, o Atlético-MG também não mede esforços e dinheiro para ser protagonista no cenário nacional e continental. O time de Belo Horizonte acaba de acertar a contratação de Diego Costa. O centroavante chega para fazer companhia a Hulk, Nacho Fernández, Guilherme Arana, Savarino, Keno, Junior Alonso… Enfim, o Galo vai se credenciando a fazer frente em quantidade e qualidade a Flamengo e Palmeiras como os melhores, mais completos, com mais opções, elencos do Brasil.

Aliás, Atlético-MG e Flamengo podem fazer a final da Libertadores 2021. O chaveamento indica um confronto em uma hipotética decisão do título. Seria promessa de jogaço no Estádio Centenário, em Montevidéu. Antes, porém, o Alvinegro teria que eliminar River Plate e passar por São Paulo ou Palmeiras. Já o Rubro-negro precisaria despachar o Olimpia e sobrepujar Fluminense ou Barcelona-EQU. Lembrando que podemos ter quatro semifinalistas brasileiros e um Fla-Flu valendo vaga na final.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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