
Você sabia que antes dos anestésicos os pacientes não tinham escolha e ficavam acordados durante a cirurgia? Pois é, segundo matéria veiculada no Canaltech, encontrar agentes que pudessem melhorar a dor e induzir a perda de consciência se tornou essencial.
Somente no século 20 os cientistas deixaram de usar anestésicos naturais e transportaram moléculas de anestésico para um frasco. O propofol, que possui aspecto leitoso e é indicado para indução e manutenção de anestesia geral em procedimentos cirúrgicos foi ser desenvolvido apenas no final desse século, e é ele o "leite de amnésia".
Ainda segundo matéria veiculada pelo Canaltech, quem ajudou a desenvolver o propofol enquanto trabalhava na AstraZeneca (a mesma empresa que desenvolveu vacinas contra a Covid-19), foi o cirurgião veterinário James Baird Glen. Lá no Reino Unido, no início dos anos 1970 começaram estudos até desenvolverem um medicamento que não apresentasse quase nenhum efeito colateral, fosse seguro e pudesse ser vendido no mercado.
Foram 13 anos até que se alcançasse o sucesso. Na quarta tentativa a formulação certa foi obtida, contendo lecitina de ovo e óleo de soja. Desta forma, o propofol permite que o paciente fique inconsciente ou sedado durante operações cirúrgicas ou outros procedimentos.
Entretanto, como aponta a matéria do Canaltech, mesmo 40 anos depois, há pouco conhecimento sobre como o anestésico funciona. Cientistas conseguiram progressos sobre o comportamento em nível molecular, mas há mais alvos que não foram explorados em detalhes pela ciência.