Economia & Negócios

Pix: os prós e contras para as empresas

Diana Lott
| Tempo de leitura: 2 min

O Pix, lançado em novembro do ano passado, tornou-se um dos meios de pagamento mais usados no Brasil, especialmente por pequenas e médias empresas que buscam escapar das taxas cobradas pelas máquinas de cartão e transferências do tipo TED e DOC. Segundo dados do Banco Central, 6,84 milhões de pessoas jurídicas têm ao menos uma chave Pix cadastrada.

Uma pesquisa publicada em agosto realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo SPC Brasil, em parceria com o Sebrae, mostrou que o Pix perde apenas para o dinheiro como o meio de pagamento mais utilizado. Entre os entrevistados, 71% afirmaram fazer pagamentos em espécie, e 70% disseram usar o Pix. Em seguida, estão o cartão de débito (66%) e o de crédito (57%).

Da perspectiva dos empreendedores, a aceitação também foi ampla, afirma Cristina Araújo, analista do Sebrae. "O Pix traz várias vantagens para os pequenos negócios, principalmente agilidade, por causa do funcionamento 24h e durante os finais de semana; boa usabilidade; possibilidade de usar QR codes, entre outras. Além disso, é uma transferência direta para o empresário, sem intermediários."

Outro benefício é o fato de que esses pagamentos são feitos à vista, simplificando a gestão do fluxo de caixa. As regras do BC determinam que o Pix é gratuito para pessoas físicas, microempreendedores individuais (MEIs) e empresários individuais (EIs). Mas há exceções: por exemplo, quando esses clientes recebem pagamentos por uma venda comercial, observados alguns critérios.

No caso das pessoas jurídicas que não são MEIs nem EIs, tanto o recebimento quanto o envio de Pix podem ser cobrados. As regras do BC não obrigam os bancos a impor tarifas, apenas autorizam as instituições financeiras a fazê-lo. Araújo recomenda que os empreendedores façam uma ampla pesquisa de preços antes de fazer sua escolha, já que as tarifas podem variar bastante. "O Pix intensificou a concorrência entre as instituições financeiras. Cada uma lançou sua campanha para atrair clientes, o que beneficia os pequenos negócios."

Dos cinco maiores bancos brasileiros, apenas a Caixa não cobra o envio de valores nessa modalidade feitos por clientes pessoa jurídica. Itaú Unibanco, Santander, Bradesco e Banco do Brasil praticam tarifas que variam de acordo com o valor da operação e com o tipo de chave utilizada.

Comentários

Comentários