José Milagre

Metaversos e NFTS: Tendências e oportunidades em 2022

26/12/2021 | Tempo de leitura: 4 min

O que são NFTS? Reproduções de capas de discos inéditas, certificados, artes, fotos, vídeos de jogadas como uma enterrada de basquete, são alguns exemplos de ativos digitais que podem ser livremente compartilhados na Internet. E se pudéssemos vendê-los com um "certificado de originalidade" ou um conjunto de metadados conectados ao item e que se assemelha a um "autógrafo" e reconhecimento do autor, atleta, clube ou titular dos direitos autorais sobre aquele item? Agora, e se este item ou ativo valorizasse com o tempo e seu comprador pudesse revendê-lo, trocando-os por criptomoedas ou tokens que podem, por sua vez, serem trocados por outros ativos fungíveis e até convertidos em moeda comum.

Royalties e direitos

Ou ainda, se para cada venda o smart contract (contrato eletrônico que executa e registra as transações na blockchain) repassasse parte ao titular dos direitos autorais ou personagem representado no vídeo ou foto? O mercado dos Non Fungible Tokens (NFTS) tem aquecido e promete uma explosão de negócios em 2022. Por itens não fungíveis entenda aqueles que não podem ser substituídos por outros da mesma espécie. A exemplo, um item digital exclusivo feito por um criptoartista é único e somente o "titular da NFT" é quem tem o comprovante de propriedade do item digital, em grossa analogia, como se fosse a escritura de um imóvel. Assim, colecionadores e interessados em projetos de tokenização podem comprar criptomoedas (tokens fungíveis) e a partir deles, trocar online por bens, ativos, NFTS e serviços.

Metaversos!

Agora imagine que artistas, clubes de futebol e empresas programassem softwares, games, mundos virtuais, o que vamos chamar de "metaversos" e nestes ambientes pessoas pudessem criar seus perfis, assim como uma rede social, e adquirir ativos intangíveis, itens virtuais, pedaços de códigos com metadados e que também estão associados às NFTS, a partir da conexão de suas wallets (carteiras) e adição de fundos para a compra dos itens. Com os metaversos, que transformam a internet em experiência imersiva, é possível que pessoas reais sejam representadas nestes mundos, e dada a natureza das NFTS, é possível criação de "itens únicos" por criadores, como réplicas de obras, terrenos, casas, arquitetura, veículos dentre outros, em um negócio que vem se tornando promissor, quer para programadores e criadores de itens, quer para negócios que exploram estas tecnologias. Clubes de futebol já comercializam os produtos únicos, assim como a gigante NBA, que já negocia NFTS das grandes jogadas dos atletas. Shows já são organizados, com a venda e ingressos ligados a NFTS e onde a representação "virtual" dos artistas, autorizada pelos mesmos, mobiliza centenas de pessoas nestes mundos virtuais.

Já comprou seu terreno?

E o que fazer do mercado de "real state"? O mercado imobiliário já se aquece, e começamos a ter acesso às primeiras plataformas de "shares" de imóveis, a partir da emissão de NFTS, aqui, consideradas "títulos de propriedade". Além disso, metaversos já são criados para vendas de "representações virtuais" ou de espaços, terrenos, o que vamos chamar de "lands", onde compradores podem construir casas, negócios ou programar o que desejarem!

Oportunidades

A Tokens.com, empresa focada em NFTS de imóveis no metaverso, comprou 50% da Metaverse Group, considerada uma das primeiras imobiliários virtuais do mundo, por milhões. Muitos negócios estão querendo chegar primeiro e comprar terrenos em metaversos com grande potencial de crescimento, de preferência vizinhos de grandes marcas. O Descentraland (https://decentraland.org/), metaverso cuja cripto é a MANA, já atraiu uma série marcas de luxo, e também já negocia receita por publicidade. De outra ordem, empresas como Wave já organizam shows nos metaversos, com modelo de negócios baseado em venda de itens virtuais, patrocínios e exposição de marcas. Outro metaverso que está despontando é o The Sand Box (https://www.sandbox.game) atraindo inúmeros negócios. Recentemente, foi noticiado um NFT de Iate Virtual para metaverso vendido por R$ 3,6 milhões. Além disso, o próprio Facebook anunciou a criação do seu Meta (https://about.facebook.com/br/meta/).

Mercado promissor

De acordo com a Gray Scale, o mercado global de bens e serviços no metaverso em breve valerá US$ 1 trilhão. A tendência é que muitos escritórios virtuais surjam nos metaversos e isso gere receita real. Como visto, os metaversos estão crescendo absurdamente e inauguram uma nova era ligada a novos negócios digitais, com incríveis oportunidades. O que você acha? Envie seu comentário para consultor@josemilagre.com.br e vamos debater este tema!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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