José Milagre

Guerra cibernética: como ocorre a investida contra a Ucrânia?

27/02/2022 | Tempo de leitura: 2 min

Em meio ao início da ofensiva Russa contra a Ucrânia, o país começou a sofrer ataques de negação de serviços (DDoS), tendo derrubado inúmeros sites de organizações. Além disso, vários serviços foram atingidos por um Malware, denominado HermeticWiper.

De quem é a culpa?

Detectado como Win32/KillDisk.NCV, o código foi identificado no dia 23 de fevereiro. O malware tem a função de corromper dados. Os atacantes usaram um certificado de assinatura de código genuíno emitido por uma empresa do Chipre, Hermetica Digital Ltd, que dá o nome ao malware.

Impactos?

Sites de bancos, militares e ministérios ucranianos saíram do ar. Multinacionais temem ataques cibernéticos. A agência de segurança da Ucrânia informou que já tinha identificado avisos em fóruns. Ao que parece, a guerra cibernética começou antes. Essa questão acende o alerta global: uma ação hacker pode ser tão ou mais ofensiva do que um ataque físico.

O que aprender sobre isso?

Fica o alerta, pois operações cibernéticas agressivas vêm sendo usadas como elementos decisivos antes ou durante ofensivas e ataques e podem desestabilizar nações. Os impactos são muitos e vão desde a sinalização de fragilidade do país a impactos em serviços essenciais para cidadãos. A defesa cibernética precisa ser pensada com urgência e como prioridade para governos e instituições públicas.

Guerra TSE x Telegram

Telegram chega a 53% dos smartphones brasileiros, mas ainda é plano B no Brasil. Porém, o barulho que os usos indevidos da aplicação têm causado está chamando a atenção de autoridades de aplicação de Leis. A ferramenta não está obedecendo ordens judiciais do Supremo Tribunal Federal (STF) e se recusa a conversar com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no sentido de uma cooperação para evitar as Fakenews.

Criptografia

As mensagens enviadas e recebidas através do Telegram são armazenadas nos servidores da mesma forma em que são vistas pelo aplicativo — sem a criptografia de ponta a ponta (E2EE), com exceção dos chats secretos. Já no WhatsApp e Signal, nem as aplicações conseguem ler as conversas. Em tese, este teria condições de cooperar com autoridades e identificar as fakenews e crimes.

Em tese...

Na prática, o Telegram não vem atendendo ordens judiciais. O aplicativo chegou a ser bloqueado na Rússia em 2018, pois se negou a entregar dados ao governo do país. Na Alemanha, o governo também fala em bloqueio. E no Brasil, o TSE já cogitou desta possibilidade, se o aplicativo Russo não dialogar.

E você, concorda com o bloqueio de apps, para que cumpraa ordens de governos? Envie sua opinião para consultor@josemilagre.com.br

 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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