Davison de Lucas

Escravos inconscientes

26/06/2022 | Tempo de leitura: 2 min

A palavra humana é resultado de evolução de milhares de anos para que o ser humano pudesse expressar suas ideias. Chegamos aqui já usufruindo deste progresso e são pouquíssimos que agradecem. Considerando as relações entre as pessoas, a palavra bem utilizada é o que nos possibilita viver melhor. A comunicação verbal existe para podermos trocar energias que, por vezes, nos faltam nas batalhas de cada dia, expressando a relação amigável sincera. Somos influenciados e influenciamos, quando conversamos com o outro.

O magnetismo da palavra é poderoso agente de positividade ou de negatividade, de acordo com os sentimentos de plantão. Jesus falou: "Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração".

Como as possibilidades da fala e da escrita são, por assim dizer, sem limites, em todos os lugares surgem multidões que abusam da palavra. Infelizmente, a maioria por ingenuidade, espalha negatividade, através de vocábulo desagradável. Por intermédio desses contaminadores opera-se, geralmente, o desânimo e a desarmonia. A palavra emitida é uma semente lançada no solo fértil da mente de quem lançou, bem como das pessoas que ouviram. Com o tempo germinará e a colheita será obrigatória. Em Marcos, está claro: "O semeador semeia a palavra. Ai daquele que, consciente desta verdade, não selecionar as sementes para o plantio, porque delas irão alimentar-se muitas almas em formação espiritual".

A situação é mais séria do que muitos imaginam. Perguntas a serem feitas: Quantos gostam da tua palavra? O próximo merece ser decepcionado com as tuas invigilantes oratórias?

A nossa mente condiciona-se com muita facilidade, tanto para a ausência do bem como para o bem. Em outras palavras o risco de nos tornarmos escravos de palavras é grande.

Responsabilizando-se por isso, tem-se de ficar de olho muito mais no que acontece nas suas linhas de raciocínio, visando disciplinar a fala.

Nessa linha de raciocínio, questionar sempre: Vale a pena dizer isto? Por que não praticar o silêncio? Na opinião do filósofo Sócrates, esses são os questionamentos que se deve fazer antes de dizer alguma coisa: Isto é verdade, é bondade e é útil?

A palavra pode levar esperança onde haja desesperança, amor onde se encontra desamor e paz onde existe conflito. Ao falar com afeto descongestiona a mente de quem nos ouve. O ideal é que a fala flua como uma música que conforta, entusiasma e alegra o outro.

Observe a energia de felicidade que fica no ar quando estamos próximos ao Natal. Você sabe a causa disso? Além de fatores religiosos, é o fato de muita gente dizer Feliz Natal. Portanto, fica aqui uma sugestão: Por que não passarmos a utilizar "feliz dia", ao invés de "bom dia", durante o ano todo?

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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