Contexto Paulista

São José dos Campos será a capital mundial da área espacial em agosto

10/07/2022 | Tempo de leitura: 4 min

O SSP23 (Space Studies Program) é o maior evento de estudos espaciais do mundo e São José dos Campos foi anunciada como a cidade sede para a próxima edição, entre os dias 26 de junho a 25 de agosto de 2023. Organizado pela ISU (International Space University), o SSP é considerado como o mais importante e abrangente programa de treinamento da área espacial, tendo formado cerca de 5.000 profissionais de mais de 100 países. A informação é do jornal O Vale, da Rede APJ (Associação Paulista de Portais e Jornais).

Estudos do espaço

Durante nove semanas, São José dos Campos será a capital mundial dos estudos relacionados ao espaço. A cidade vai receber cerca de 300 pessoas de 50 países diferentes, entre professores, estudantes, astronautas e líderes mundiais de agências espaciais. Será a primeira vez que o programa será realizado no Brasil. Na América Latina, apenas a cidade de Valparaíso, no Chile, sediou uma edição do SSP, em 2000. Em São José será realizada a 35ª edição do evento.

Instituto de pesquisas

Os estudos acadêmicos serão realizados no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), que submeteram conjuntamente com a Prefeitura de São José a proposta para sediar o SSP 2023. O evento também tem o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e da AEB (Agência Espacial Brasileira).

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O anúncio de São José dos Campos como cidade sede do SSP23 foi feito pelo presidente da International Space University, Prof. Pascale Ehrenfreund, durante a edição do evento deste ano, que está sendo realizado na cidade de Oeiras, em Portugal. Em março, diretores da ISU estiveram em São José dos Campos para uma visita técnica e tiveram a oportunidade de avaliar todos os requisitos para a cidade sediar o evento. Instituições e empresas que atuam na área espacial podem mostrar suas capacidades, fortalecerem contatos e firmarem acordos comerciais e cooperações internacionais.

No cinturão citrícola

A Fiber Citrus, empresa do setor da agroindústria, investirá R$ 83 milhões em Taquaritinga na implementação de uma fábrica de fibras produzidas a partir da casca de frutas cítricas. A primeira unidade produtiva da empresa está sendo dimensionada para processar 70 mil toneladas por ano de cascas de frutas "in natura", chegando a 200 mil ton/ano quando atingir a capacidade total. A fibra é um ingrediente com alta demanda em mercados nos EUA, China e Europa, utilizada pelas indústrias de alimentos, cosmética e farmacêutica, além do mercado agrícola com um fertilizante orgânico.

Mercado regional superior a 50%

A coluna publicou dados do estudo IPC Maps 2022 relativos à projeção de consumo no país para este ano. Segundo o levantamento, as 27 capitais respondem por 29,07% do total de gastos no País, enquanto o Interior do país tem sua participação calculada em 54,9%. A diferença corresponde às demais cidades das regiões metropolitanas das capitais.

Frase

"O Estado de São Paulo é um dos principais produtores mundiais de suco de laranja, isso gera oportunidades de negócio para empresas que utilizam seus subprodutos como insumo", afirma o presidente da agência InvestSP, Antonio Imbassahy. "Esse investimento mostra que com pesquisa e desenvolvimento podemos exportar para o mundo além de commodities, podemos exportar também produtos com tecnologia agregada".

Breves

A Holambra Agroindustrial vai começar a usar a energia solar para irrigar suas lavouras de soja, milho, algodão e laranja no interior de São Paulo, uma tentativa da tradicional cooperativa de zerar seus gastos com energia aplicada nos sistemas de irrigação. (Brazil Journal)

A Geo Biogás & Tech e o Grupo Crivellaro, empresa de gerenciamento de resíduos industriais, anunciaram a formação de uma joint venture para produção de biometano em São Paulo. A usina está prevista para operar em 2023 e será construída em Elias Fausto, perto de Campinas. (EPBR)

Gargalo do 5G

O principal gargalo de infraestrutura para a expansão da tecnologia 5G no país é o déficit de antenas instaladas. Para funcionar plenamente, o 5G precisará de cinco vezes mais o número de antenas usadas na rede 4G, devido à operação em frequências mais altas de espectro. E para ampliar essa estrutura, é necessário que os municípios modernizem suas legislações, que atualmente são baseadas em parâmetros que impõem restrições que a indústria considera "não condizentes" com as características físicas das novas infraestruturas de telecomunicações. De acordo com o Movimento Antene-se, apenas cerca de 1% dos municípios têm leis preparadas para o 5G. As informações são da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Solução

As medidas pleiteadas pela indústria são: Atualização das legislações municipais para permitir a instalação de antenas; Redução da insegurança jurídica associada ao compartilhamento de infraestrutura; Aprovação de uma reforma tributária para diminuir o peso de impostos indiretos sobre os serviços de telecomunicações; Regulamentação das redes privativas; Uso dos fundos setoriais de telecomunicações de maneira mais eficaz e transparente; Expansão de antenas.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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