José Milagre

Crimes com criptomoedas disparam! Veja como se proteger

04/09/2022 | Tempo de leitura: 3 min

O mercado de criptomoedas tem atraído cada vez pessoas interessads. Em março de 2022 o volume de negociação de bitcoins por brasileiros era 747 BTCS ao dia, conforme dados do Cointrader Monitor (CTM). O crescimento do interesse pelas criptomoedas e a popularização dos meios de acesso aos ativos digitais, como corretoras e carteiras digitais, as wallets, são apontados como responsáveis pelo crescimento das movimentações e transações com criptomoedas no País.

Bandidos de olho

Aproveitando este crescimento, os crimes digitais envolvendo os tokens e criptmoedas também vem crescendo vertiginosamente e se desenvolvendo no Brasil. Conforme o Crypto Crime Report 2022, os crimes com criptomoedas totalizaram U$ 21 bilhões em 2021 - um aumento de 79% em relação ao ano anterior. Segundo pesquisa da empresa Chainanalysis, os crimes relacionados a criptomoedas movimentaram em 2021, R$ 80 bilhões. Ainda, conforme relatório da Lunar Crush, publicado em maio de 2022, golpes com criptomoedas crescem 3894% em dois anos.

Tipos de casos

Dentre os casos mais comuns de golpes estão desde pirâmides, que são ilegais e que prometem rentabilidade diária absurda, a casos de trojans e malwares que alteram o endereço de destino da carteira, quando o usuário vai fazer uma transferência. Do mesmo modo, existem aplicações e wallets inseguras que são invadidas e criptomoedas desviadas. Também tem crescido os casos em que pessoas recebem criptomoedas em suas carteiras e quando tentam sacar, conectam a wallet em uma aplicação que dá permissão para o furto de todos os fundos existentes.

Golpe do Investimento ou Pool de Mineração

Dentre os golpes, este é o mais comum. Criminosos adicionam pessoas em grupos de whatsapp que falseiam a identidade de exchanges, e lá existem atores todos coordenados, que vão postar lucros (Falsos, lógico), até fazer com que a vítima esteja encorajada a investir neste pool. Quando investe, o app dos criminosos se conecta a wallet e limpa os fundos. Todo o cuidado é pouco

Dicas de segurança

Para quem quer iniciar com criptomoedas, valem as importantes dicas sobre como evitar ser vítima de golpes. Dentre as orientações, estão:

a) Usar sempre um segundo fator de autenticação para entrar na carteira ou exchange e de preferência que não esteja no mesmo celular onde está o aplicativo;

b) Jamais revelar códigos ou senhas a terceiros, sob qualquer pretexto;

c) Utilizar e acessar a carteira ou Exchange sempre de uma internet segura e protegida, jamais se conectado de redes desconhecidas;

d) Muito cuidado com aplicativos ou serviços onde se conecta a carteira, pois pode-se conceder permissão para furto dos fundos. Esta conexão pode ocorrer com o click em um link;

e) Atentar sempre para que se esteja acessando o serviço correto, evitando se autenticar em serviços falsos que buscam capturar senhas;

f) Usar senhas fortes e diferentes para diferentes carteiras;

g) Manter os dispositivos sempre atualizados em seu sistema operacional, com programas anti-malware ativos

Fui vítima e agora?

Preserve todas as provas, registre a ocorrência e procure ajuda especializada. Hoje existem ferramentas forenses destinadas a análise da Blockchain e rastreio de fundos. Além disso, quando ocorre a falha na Exchange ou Wallet nos controles de segurança, permitindo que atacantes roubem fundos de usuários, é importante preservar as provas para demonstração que a vítima não teve culpa e que a falha era do sistema. Por isso, agir rapidamente é fundamental.

 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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