Conforme informou na sexta-feira Changpeng "CZ" Zhao, o bilionário cofundador da Binance, o ataque teria sido bem-sucedido à medida em que um exploit na "cross-chain bridge" ligados a BSC token hub teria permitido o saque de milhões de dólares. Ao que apurado, mais de 2 milhões de tokens foram hackeados na Binance Coin, popular BNB. O estrago só não foi maior porque a Blockchain teria sido interrompida e reiniciada.

Falhas das Exchanges geram indenização?

É inegável que os novos ataques a exchanges tem tirado o sono destas companhias, que entraram na mira dos criminosos. Muitas exchanges, apesar do número maciço de capital aportado, tokens custodiados e de usuários, ainda oferecem serviços com precariedade em segurança da informação e controles. Inclusive a própria Binance, hoje vem sendo processada no País em inúmeros casos, onde usuários relatam congelamento indevido, furto de fundos ou invasões que permitiram que os valores e fundos fossem completamente desfalcados. A responsabilidade civil destas empresas vem sendo equiparada à dos bancos.

Medidas de resposta à incidentes

Diante de um incidente de segurança da informação, como o presente, é importantíssimo que a empresa adote medidas para reduzir o impacto, incluindo contratação de perícia especializada com o escopo de investigar causas, autores, rastrear as criptomoedas e, principalmente, congelar os fundos que forem identificados como "Dirty money". Ao que apurado, a BNB Chain informou que já contratou serviços de segurança para tentar reverter o estrago.

BNB Coin

A Binance Coin é um token ativo da Binance e é baseado na rede Ethereum. É uma das criptomoedas mais populares no Brasil, junto ao Bitcoin, Ethereum, USDT (Tether), dentre outras preferidas dos investidores (se é que podemos chamar isso de investimento) brasileiros. O interessante, neste contexto do ataque é que como a Blockchain aqui é controlada pela BNB Chain, ela pode ser pausada, e foi exatamente o que ocorreu no caso do ataque, com vistas as evitar que a totalidade dos fundos desviados sumissem.

Números envolvendo crimes com criptos

Para se ter uma ideia, no mundo, o setor cripto já amargura perdas de U$$ 2 trilhões ligados a invasões, roubos, e atuação de criminosos cibernéticos. No Brasil, a Lei 12.737/2012 e Lei 14.155/2021 punem os crimes com penas que podem chegar a 8 anos de reclusão. No entanto, a perícia para apurar a autoria é fundamental. No Brasil, a CyberExperts (http://www.cyberexperts.com.br) é a primeira empresa dedica a investigações forenses de criptomoedas, com vistas a detecção e bloqueio de fundos roubados, atuando com softwares forenses que rastreiam ativos digitais.

Como isso afeta os clientes?

Não é de hoje que grandes ataques a Exchanges acabam por destruir com a liquidez das mesmas, que encerram as atividades. Assim, embora Binance seja a maior do mundo e tenha seguros, não se pode garantir que usuários, sobretudo quem tem muitas criptomoedas, possam ter problemas com vendas e conversões em moeda fiduciária ou mesmo com instabilidades no sistema.

O que fazer em caso de criptomoedas furtadas ou bloqueadas?

Nestes casos, é muito importante que o usuário preserve as provas dos fundos, faça prova de acesso a sua wallet, entre em contato com suporte, registre a ocorrência e caso os fundos não sejam destravados, busque ajuda especializada para que judicialmente seja possível acessar a quantia retida ou desviada de forma irregular.

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