ESPORTE

Irmãs de Araçatuba se destacam em mundial de jiu-jítsu

Por Guilherme Renan | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação
As irmãs Maria Helena e Maria Júlia durante competição de jiu-jítsu; atletas representaram Araçatuba em campeonato mundial
As irmãs Maria Helena e Maria Júlia durante competição de jiu-jítsu; atletas representaram Araçatuba em campeonato mundial

Em reportagem exclusiva da Folha da Região, a araçatubense Mariana Ferreira Jacome Fernandes conta a trajetória dos filhos Maria Helena, de 11 anos, Maria Júlia, de 12, e Ricardo, de 8, que participaram recentemente de um campeonato mundial de jiu-jítsu. O principal destaque foi Maria Helena, campeã em sua categoria, enquanto Maria Júlia conquistou o 3º lugar. O caçula Ricardo teve bom desempenho, mas não subiu ao pódio nesta edição da competição.

A história da família é marcada por disciplina, sacrifício e uma rotina intensa de treinos, que transformou o esporte em parte central da vida das crianças.

Início no esporte

O jiu-jítsu entrou na vida dos irmãos por influência do pai, Ricardo Fernandes Neto, praticante da modalidade. Segundo Mariana, o incentivo sempre foi familiar. “Nós dois apoiamos desde o começo”, afirma. Com o tempo, os resultados começaram a aparecer, evidenciando o talento das filhas nas competições.

Sem patrocínio, a família passou a lidar com uma agenda intensa. “Eles competem praticamente todos os fins de semana em diferentes cidades do Brasil”, relata a mãe.

Da base ao mundial

A evolução foi construída passo a passo, a partir de campeonatos menores até torneios de alcance nacional e internacional. Atualmente, a rotina inclui dois treinos diários de jiu-jítsu e musculação, seis dias por semana.

Para Mariana, um dos maiores desafios sempre foi conciliar estudos, viagens e preparação física. “É preciso muita organização para manter o foco e a disciplina”, destaca.

A força por trás dos atletas

Cuidar de três crianças atletas exigiu adaptações na rotina familiar. “No começo foi muito difícil, com várias atividades no mesmo dia. Hoje eu organizo a alimentação e o transporte, enquanto o pai cuida mais da parte técnica”, explica.

Ela relembra com emoção o momento em que percebeu a mudança de comportamento dos filhos. “Eles deixaram as telas de lado e se apaixonaram pela luta. Os títulos começaram a surgir ainda muito novos.”

Apesar do cansaço, a persistência sempre falou mais alto. “Já pensei em desistir quando vi o quanto ficam exaustos, mas o pai sempre reforçou que a persistência forma vencedores.”

Valores além das medalhas

Para Mariana, o jiu-jítsu vai muito além das conquistas esportivas. “Aprendemos respeito, humildade, persistência e coragem para enfrentar dificuldades”, afirma.

A pressão das competições, segundo ela, é grande. “Às vezes fico até sem ar, mas preciso transmitir força para eles entrarem confiantes no tatame.”

Resultados e futuro

A medalha de ouro de Maria Helena e o bronze de Maria Júlia representam, para a família, o reconhecimento de uma trajetória construída com muito esforço. Mesmo sem pódio, Ricardo também é motivo de orgulho. “Ele está aprendendo e evoluindo, faz parte do processo”, ressalta a mãe.

A comemoração foi simples: um momento em família para celebrar as conquistas. Agora, os objetivos seguem voltados para novas competições e para o crescimento técnico dos atletas.

Agradecimentos

Mariana faz questão de agradecer a quem caminha ao lado da família. “A Deus pela saúde, ao meu marido, que é o maior incentivador das crianças e arca com todos os custos, já que ainda não temos patrocínio, e aos professores e amigos de treino, que deixam ensinamentos que vão além do esporte.”

A trajetória da família Fernandes reforça que, no jiu-jítsu e na vida, nem sempre o pódio é o único indicador de vitória, mas sim o caminho de dedicação e superação construído dia após dia.

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