Mais de 5 mil pessoas perderam a vida no trânsito do estado de São Paulo em 2025. De janeiro a novembro, foram 5.514 mortes registradas nas vias paulistas, segundo dados do Infosiga, sistema de estatísticas do Detran-SP — um retrato que mantém o tema entre os principais desafios de saúde pública e segurança viária no estado.
Além das fatalidades, os sinistros com vítimas não fatais também seguem em patamar elevado: no acumulado de 2025 até novembro, o Infosiga contabilizou 171.405 ocorrências. Ainda assim, os indicadores apontam uma melhora gradual, com recuos em mortes e em sinistros com feridos ao longo do ano.
Em novembro, foram 446 mortes, contra 467 no mesmo mês de 2024. No mesmo recorte, os sinistros com vítimas não fatais passaram de 15.932 para 15.532.
Entre os modais, o maior destaque proporcional em novembro foi o de motocicletas, com queda de 21,1% nas mortes — de 218 para 172.
Na capital paulista, os números exibem comportamentos distintos. No acumulado do ano, as mortes caíram de 934 para 918, mas em novembro houve alta, com 72 óbitos, contra 70 no mesmo mês do ano passado. Já os sinistros na cidade recuaram tanto em novembro (5%) quanto no acumulado anual (7%). Entre motociclistas na capital, também houve redução: em novembro, a queda foi de 17,9% e, no acumulado do ano, de 1,2%.
Para tentar acelerar a redução das mortes, o Governo do Estado anunciou o primeiro Plano Estadual de Segurança Viária (PSV-SP), com a meta de reduzir em 50% os óbitos no trânsito até 2030. O pacote prevê ações como controle de velocidade, reforço de fiscalização e investimentos para tornar as vias mais seguras.
O plano será apoiado pela nova versão do Programa Respeito à Vida (PRaVida), apresentada nesta segunda-feira (15). A iniciativa prevê investimentos, capacitações e apoio técnico aos municípios que quiserem aprimorar políticas de segurança viária. O edital de chamamento já foi publicado, e as prefeituras têm até 15 de janeiro para realizar a inscrição.
Apesar de o estado ainda somar mais de 5 mil mortes no ano, os dados indicam queda de 1,7% no acumulado de janeiro a novembro (5.514 em 2025 ante 5.611 em 2024) e recuo de 4,5% nas mortes de novembro (446 contra 467).
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