BIRIGUI

Filho vai a júri por atacar os pais após violar medida protetiva

Por Guilherme Renan | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Guilherme Renan/FR
Sala de julgamento em Birigui, onde réu será julgado nesta segunda
Sala de julgamento em Birigui, onde réu será julgado nesta segunda

O Tribunal do Júri de Birigui realiza nesta segunda-feira (17), às 9h, o julgamento de Elio Eloi de Souza, 53 anos, acusado de tentar matar o pai, Pedro Eloi de Souza, e de descumprir medida protetiva que o impedia de se aproximar da própria mãe, Antônia Fernandes de Souza. O julgamento, inicialmente previsto para quinta-feira (20), foi antecipado por conta do feriado.

De acordo com o inquérito policial, o caso ocorreu em 13 de maio de 2023, na casa dos pais do acusado, no Jardim São Conrado. Elio, que é morador de rua e possui histórico de conflitos familiares, teria ido ao local de mototáxi. Ao exigir que os pais pagassem a corrida e diante da recusa, o réu teria ficado exaltado, entrado no imóvel e quebrado objetos. Em seguida, ele teria se armado com duas facas, retornado para fora da casa e investido contra o pai.

Pedro conseguiu evitar o golpe, mas caiu ao ser empurrado pelo filho. O ataque só não se consumou porque outro filho do casal, Antônio, interveio e tomou a arma. A Polícia Militar chegou logo depois e conteve o acusado quando ele tentou fugir pelo bairro.

O Ministério Público, representado no julgamento pelo promotor Rodrigo Mazzilli Marcondes, sustenta que o crime foi motivado por razão fútil — a recusa dos pais em pagar a corrida — e destaca que Elio já havia sido advertido judicialmente a manter distância mínima de 200 metros da mãe, medida que descumpriu no dia dos fatos.

A sessão será presidida pela magistrada Moema Moreira Ponce Lacerda e é aberta ao público.

Posicionamento da defesa

A defesa será feita pelos advogados Jeronimo Júnior e Keilla Dias. O defensor afirmou que o centro da discussão não deve ser apenas a punição, mas as condições do réu.
“O problema do meu cliente não será resolvido com cadeia. Elio precisa de tratamento, não de encarceramento. Ele é um homem que sempre enfrentou dificuldades ao deixar o sistema penitenciário e hoje vive em situação de rua. Nosso esforço será para que o Tribunal compreenda esse contexto e busque uma saída humanizada.”

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