“Eu me sinto como se estivesse iniciando uma nova carreira.” A frase de William Bonner marcou sua despedida do Jornal Nacional nesta sexta-feira (31), após 29 anos como âncora e 26 também na função de editor-chefe. O jornalista se prepara agora para uma nova etapa na Globo: a apresentação do Globo Repórter ao lado de Sandra Annenberg, a partir de 2026.
Na última edição sob seu comando, Bonner dividiu o estúdio com Renata Vasconcellos e recebeu César Tralli, que assume a bancada do telejornal a partir de segunda-feira (3). Cristiana Sousa Cruz, editora-chefe adjunta do JN e parceira de Bonner há seis anos, passa a comandar a redação.
Em entrevista, Bonner falou sobre o sentimento de encerrar um ciclo e começar outro. “Minhas expectativas são todas muito energizantes. O Globo Repórter é um convite à contemplação, de uma forma mais relaxada. Espero que nossa postura combine com esse clima, o que significa uma mudança bem sensível naquilo que tenho feito ao longo de 40 anos”, afirmou.
O jornalista contou ainda que já está envolvido na produção de pautas para o novo programa. “Já sugeri dois temas e um deles está em pré-produção. Tenho um anseio enorme de encontrar pessoas e conversar com elas diretamente”, disse.
Ao se dirigir ao público, Bonner expressou gratidão e humildade diante da nova fase. “Ao público do Jornal Nacional, eu agradeço imensamente a confiança nesses 29 anos. E a quem me aguarda no Globo Repórter, peço paciência com meu aprendizado, porque me sinto como se estivesse iniciando uma carreira nova.”
O sucessor, César Tralli, destacou a responsabilidade e o orgulho de ocupar a cadeira de Bonner. “Representa uma tremenda responsabilidade e uma imensa felicidade ao mesmo tempo. Tenho absoluta noção do quanto vou ter que me dedicar para honrar essa camisa chamada JN”, disse o jornalista.
Com 32 anos de trajetória na Globo, Tralli acumula experiências como repórter, correspondente em Londres e apresentador de telejornais como SP1, Jornal Hoje e Edição das 18h. Entre suas coberturas mais marcantes estão a morte de Ayrton Senna, o atentado de 11 de setembro, a Guerra na Ucrânia e as enchentes no Rio Grande do Sul.
“Todo dia no jornalismo começa do zero. Você pode fazer uma edição histórica e, no dia seguinte, tudo recomeça. Levo essa lição de perseverança, humildade e vontade de fazer bem-feito para o Jornal Nacional”, disse Tralli, que encerrou com um recado aos telespectadores: “Continuem assistindo ao JN. Vou apresentar as notícias com muito amor, dedicação e respeito à credibilidade que o telejornal sempre teve.”
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ALVARO 03/11/2025Já vai tarde...