A jovem de 25 anos que acompanhava o juiz aposentado no momento do atropelamento que causou a morte de Thaís Bonatti negou que estivesse seminua ou sentada no colo do motorista no instante do acidente. Carolina Silva Almeida participou da reprodução simulada do caso, realizada na manhã desta quarta-feira (6), e apresentou sua versão dos fatos.

De acordo com o advogado de defesa, Thiago Henrique Braz Mendes, Carolina permaneceu no banco do passageiro durante todo o trajeto, mas se levantou brevemente para tentar segurar o volante, a pedido do magistrado. “Ela não chegou a sentar no colo dele”, afirmou o advogado.

O atropelamento aconteceu nas proximidades da rotatória entre as avenidas Waldemar Alves e João Arruda Brasil, na manhã de 24 de julho. O juiz aposentado dirigia uma caminhonete Ford Ranger sob efeito de álcool quando atingiu a jovem ciclista. Thaís Bonatti foi socorrida, mas morreu dois dias depois.

A defesa também contestou relatos de testemunhas que alegaram ter visto Carolina nua ou mantendo relações sexuais no momento do acidente. Segundo o advogado, ela vestia uma roupa curta e um top, e o impacto da colisão teria deslocado sua vestimenta, expondo parcialmente o corpo, o que pode ter gerado interpretações equivocadas.

Em depoimento à polícia, o juiz negou ter solicitado que a acompanhante assumisse a direção do veículo. Ele afirmou ter consumido apenas duas cervejas e, posteriormente, tomado antidepressivos. No entanto, exame clínico realizado no IML confirmou o estado de embriaguez.

Carolina, por enquanto, é considerada apenas testemunha no inquérito, mas poderá ser responsabilizada, dependendo do avanço das investigações. O caso segue sendo apurado como homicídio culposo quando não há intenção de matar.