O pedreiro Adilson E. foi absolvido nesta terça-feira (5), após julgamento realizado pelo Tribunal do Júri de Birigui, por tentativa de homicídio. O júri, que durou aproximadamente três horas, reconheceu a tese de legítima defesa apresentada pela defesa, isentando o réu de culpa pelas lesões cometidas contra J.M.S.L., no dia 11 de agosto de 2023.
A sessão foi presidida pela juíza Moema Moreira Ponce Lacerda. O Ministério Público, representado pelo promotor Rodrigo Marcondes Mazilli, acompanhou a defesa e também pleiteou a absolvição do réu. O conselho de sentença acatou por maioria a versão apresentada nos autos.
A defesa técnica foi composta pelos advogados Dr. Isaque Ferreira, Denis Guicioli e Ghenifer Capelari, que comemoraram o resultado.
“Os jurados, com base nos depoimentos e provas, reconheceram a existência de legítima defesa, o que acarretou a absolvição do réu, que teria apenas efetuado as lesões com o intuito de se defender para que as agressões parassem”, afirmaram em nota.
Os advogados destacaram ainda a importância do julgamento como instrumento de justiça: “Nós, advogados criminalistas, atuamos também em busca da justiça, e na data de hoje, depois de quase dois anos, ela veio calma e serena, trazendo a verdade real dos fatos. Embora às vezes tarde, ela nunca falha.”
Adilson ficou preso por cerca de 10 meses, período que a defesa classificou como de grande sofrimento.
“A cela é o túmulo do vivo e por 10 meses o réu ficou morto perante a sociedade, tentando provar sua inocência”, acrescentaram.
Com a absolvição, todas as medidas cautelares foram revogadas e o processo foi encerrado. A faca utilizada no episódio foi determinada para destruição judicial.
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