Juliana Aparecida Pires Barbosa, de 41 anos, acusada de assassinar o namorado com 13 facadas em Araçatuba, morreu na última quinta-feira (31), após sofrer um mal súbito dentro da cela 888 da Penitenciária Feminina do Mandaqui, na capital paulista. A causa da morte ainda está sob investigação.
De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher começou a se queixar de fortes dores abdominais, sendo socorrida por policiais penais. Ela foi levada ao Complexo Hospitalar do Mandaqui, onde a morte foi confirmada. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para exames necroscópico e toxicológico.
Ainda segundo o registro, a presa fazia uso de medicamentos controlados e sofria de fibromialgia e depressão, condições que vinham sendo tratadas dentro da unidade prisional.
A mulher estava presa desde fevereiro de 2025, após ser capturada por policiais da Deic de Araçatuba na capital paulista. Contra ela havia um mandado de prisão preventiva pelo homicídio do mecânico Daniel Siqueira Magalhães, de 36 anos, em 29 de julho de 2024, na estrada vicinal Jocelin Gotardi, zona rural de Araçatuba.
O crime
Na data do crime, a vítima foi encontrada sem vida no interior de um Astra prata, caído no assoalho do banco do passageiro. A própria investigada, com sinais de choque e manchas de sangue nas roupas, abordou um guarda municipal de folga e o conduziu até o local onde o corpo estava.
Inicialmente, ela alegou que dois homens teriam atacado o casal. No entanto, mudou a versão horas depois, o que levantou suspeitas da Polícia Civil. A investigação concluiu que o homicídio teria ocorrido após a vítima manifestar o desejo de encerrar o relacionamento, sendo surpreendido por uma agressão repentina e violenta, que não lhe deu chance de defesa.
Com base nos elementos colhidos, a mulher foi indiciada por homicídio qualificado, com agravantes de motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de reação da vítima. Após o crime, ela deixou a cidade e permaneceu foragida por cerca de sete meses, até ser capturada na capital.
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