NESTA MANHÃ

Baixa umidade deixa qualidade do ar insalubre em Jundiaí

Por Redação |
| Tempo de leitura: 4 min
A concentração de poluentes no ar de Jundiaí piora a qualidade de vida
A concentração de poluentes no ar de Jundiaí piora a qualidade de vida

De acordo com o índice de qualidade do ar em tempo real (IQA), Jundiaí registrou ar não saudável nesta manhã. O alerta é principalmente para grupos mais sensíveis, que ficam mais suscetíveis a problemas respiratórios. A principal causa do ar ruim é a presença de partículas muito pequenas de poeira, fuligem e poluição suspensas no ar, o que se deve à falta de chuvas e baixa umidade.

O índice aponta ainda que o ar deve ficar com qualidade moderada nos próximos dias até a segunda-feira (21), qaundo tende a piorar novamente no fim da tarde e voltar ao patamar de não saudável para grupos sensíveis.

Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que monitora a qualidade do ar em Jundiaí, esta manhã tem ar moderado. Pessoas de grupos vulneráveis, como crianças, idosos e aqueles com doenças respiratórias ou cardíacas, podem apresentar sintomas como tosse seca e cansaço, mas a população geral não é tão afetada.

Mas vale lembrar que toda a população pode prevenir agravos pelo ar seco e poluído, mantendo a hidratação do corpo e dos ambientes e evitando esforço ao ar livre em horários mais críticos.

Medição no estado

Espalhadas por todo o estado de São Paulo, 85 estações de monitoramento da Cetesb analisam o que está no ar que a população respira. Dessas, 62 são automáticas, com medição em tempo real, e outras 22 funcionam de forma manual, com coletas físicas e análises em laboratório.

Juntas, formam uma rede de vigilância da qualidade do ar que orienta decisões de saúde, meio ambiente e prevenção, e ganha ainda mais importância nos períodos de estiagem, quando as condições climáticas podem dificultar a dispersão de poluentes.

Instaladas em pontos estratégicos de grandes cidades e áreas industriais, essas estações medem, de forma contínua, a concentração de seis poluentes principais: material particulado (como poeira e fuligem), ozônio, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e monóxido de carbono. A qualidade do ar em cada estação é determinada pelo poluente de pior situação.

“Essas estações representam o que a população está respirando, 24 horas por dia. Elas captam o ar, processam os dados e nos mostram se o ambiente está seguro ou se exige cuidados”, explica Maria Lúcia Guardani, gerente da divisão de Qualidade do Ar da Cetesb.

Todos os dias, às 11 da manhã, a Cetesb divulga um boletim oficial com a média das últimas 24 horas e a previsão para o dia seguinte, indicando se o tempo vai ajudar a dispersar a poluição ou não. 
 
Esses dados são públicos e estão disponíveis no site da Cetesb e no aplicativo “Cetesb”, para celulares. O público pode acompanhar tudo por um mapa interativo da qualidade do ar, onde dá para:

  • Escolher sua cidade;
  • Ver a cor que representa o ar naquele momento;
  • Conferir orientações de saúde para cada nível. 

O sistema funciona como um “semáforo do ar”: 
 ???? Verde = boa qualidade 
 ???? Amarelo = moderada 
 ???? Laranja = ruim 
 ???? Vermelho = muito ruim 
 ???? Roxo = péssima

Quando a qualidade do ar requer medidas

“Alguns poluentes são invisíveis, mas afetam diretamente a nossa saúde. Acompanhar a qualidade do ar ajuda a prevenir problemas respiratórios e adotar hábitos mais conscientes”, reforça Guardani.  
 
A Cetesb tem um protocolo de emergência quando a poluição ultrapassa certos limites. Isso é comum em dias secos, sem vento ou queimadas. Esses episódios são classificados em três níveis:

  • Estado de Atenção: quando a qualidade do ar chega a níveis muito ruins e o tempo vai continuar ruim para dispersar a poluição.
  • Estado de Alerta: se a concentração de poluentes subir ainda mais e persistirem as condições desfavoráveis.
  • Estado de Emergência: quando a situação é extrema e representa risco direto à saúde da população. 

A Cetesb mede poluentes como o dióxido de nitrogênio (NO?), por exemplo, presente nos escapamentos dos carros. O limite seguro é de até 320 microgramas por metro cúbico (µg/m³). Se esse valor for ultrapassado, entra o Estado de Atenção. Passando de 640 µg/m³, entra o Alerta. E acima de 1130 µg/m³, é decretada Emergência, com risco real à saúde.

O que muda nesses casos?

  • Atenção: a recomendação é evitar exercícios físicos ao ar livre. Grupos vulneráveis devem ficar em ambientes fechados.
  • Alerta: são adotadas restrições temporárias em indústrias e no tráfego.
  • Emergência: atividades poluentes podem ser suspensas imediatamente. 

Em 2024, foram registrados cinco casos de Estado de Atenção em São Paulo, Mauá, Santa Gertrudes e Cubatão. Os principais fatores: tempo seco, indústrias e aumento de queimadas.

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