
Em um setor onde qualquer falha pode resultar em consequências catastróficas, a segurança do trabalho em refinarias de petróleo é um tema que exige atenção redobrada, planejamento contínuo e cultura organizacional madura. As refinarias estão entre os ambientes industriais mais complexos e perigosos do mundo, devido à presença constante de substâncias inflamáveis, altas pressões, temperaturas extremas, equipamentos pesados e risco químico elevado.
Garantir a integridade física dos trabalhadores e a segurança das instalações é um desafio diário que envolve todos os níveis da organização — desde os operadores de campo até a alta liderança. Na SSOIL Energy, uma refinaria dedicada ao refino de petróleo leve, esse compromisso com a vida e a integridade das pessoas já é parte do DNA corporativo, refletido em cada decisão e protocolo de segurança.
1. Um ambiente de alto risco
Refinar petróleo, no âmbito geral, é um processo que envolve transformar o óleo bruto em derivados como gasolina, diesel, querosene, óleo combustível e lubrificantes. Esse processo depende de unidades complexas que, na maioria das vezes, utilizam, simultaneamente, torres de destilação, reatores químicos, sistemas de craqueamento de óleo térmico para aquecimento e até caldeiras de alta pressão.
Os principais riscos presentes em uma refinaria incluem:
- Atmosferas explosivas (ATEX): vazamentos de gases inflamáveis podem formar nuvens explosivas. Basta uma faísca para provocar incêndios ou explosões com potencial de destruição em larga escala.
- Risco químico e toxicológico: produtos como benzeno, ácido sulfúrico e hidrogênio sulfeto (H?S) são comuns no processo de refino. A exposição pode causar desde irritações até doenças crônicas ou fatais.
- Temperaturas e pressões elevadas: caldeiras e vasos de pressão trabalham com temperaturas que ultrapassam 400 °C e pressões altíssimas, oferecendo riscos de queimaduras, ruptura de equipamentos e acidentes mecânicos.
- Trabalhos em altura e espaços confinados: manutenções exigem atividades arriscadas em locais de difícil acesso, com grande exigência técnica e protocolos rígidos.
Esses riscos tornam imprescindível uma gestão eficiente de segurança do trabalho — baseada em prevenção, treinamento contínuo e monitoramento rigoroso. A SSOIL Energy já incorpora, como parte de sua estratégia de excelência operacional e proteção à vida, essas práticas com rigor técnico e foco preventivo.
2. Cultura de segurança: mais que normas, uma mentalidade
A primeira linha de defesa, em qualquer refinaria, é a cultura de segurança. Não basta seguir regras; é necessário que todos — desde engenheiros até terceirizados — compreendam os riscos, tenham comportamento seguro e assumam responsabilidade pelas ações individuais e coletivas.
Uma cultura de segurança madura é aquela em que:
- Os trabalhadores se sentem seguros para reportar falhas ou condições de risco;
- Líderes dão o exemplo e integram segurança à rotina de gestão;
- Há foco em aprendizado com quase-acidentes e desvios;
- O treinamento é constante, não apenas um requisito legal.
A implantação de programas de observação comportamental (como o BBS – *1Behavior-Based Safety) tem mostrado bons resultados, ao incentivar os trabalhadores a identificar e corrigir comportamentos inseguros antes que virem acidentes. A SSOIL Energy, por exemplo, já adota essa metodologia em seus setores operacionais, promovendo um ambiente onde a responsabilidade coletiva pela segurança é incentivada diariamente.
3. Gestão de riscos e sistemas de controle
Em refinarias, a segurança do trabalho depende de sistemas robustos de controle de risco. A aplicação de ferramentas como APR (Análise Preliminar de Risco), HAZOP (Hazard and Operability Study) e LOPA (Layer of Protection Analysis) é rotina nas grandes unidades.
Essas análises ajudam a:
- Identificar perigos antes do início de um processo ou atividade; ? Definir medidas de controle específicas para cada risco;
- Avaliar as barreiras de proteção existentes e identificar falhas potenciais.
Além disso, existem Sistemas Instrumentados de Segurança (SIS) que monitoram variáveis críticas (pressão, temperatura, vazão) e intervêm automaticamente para evitar acidentes.
Na SSOIL Energy, esses sistemas são integrados a um modelo de gestão que valoriza a antecipação de riscos e o aprendizado organizacional, com o envolvimento de equipes multidisciplinares e compromisso da alta direção.
Paradas de manutenção: um momento crítico
As chamadas paradas de manutenção são momentos especialmente delicados. Nelas, boa parte das unidades são desligadas para inspeções, trocas de componentes, reparos e testes.
Durante essas paradas:
- O número de trabalhadores temporários pode aumentar significativamente;
- Há grande movimentação de pessoas, equipamentos e materiais;
- Realizam-se diversas atividades de alto risco simultaneamente, como soldagem, corte, entrada em espaços confinados e içamentos.
Esse cenário eleva exponencialmente os riscos de acidentes. A preparação para uma parada deve incluir:
- Treinamento intensivo das equipes envolvidas;
- Revisão detalhada dos procedimentos de trabalho;
- Planejamento integrado entre segurança, engenharia e produção;
- Fiscalização reforçada e presença constante de profissionais de segurança.
A experiência da SSOIL Energy em paradas programadas demonstra que, com planejamento antecipado, comunicação eficiente e protocolos bem definidos, é possível atravessar esses períodos críticos com controle total dos riscos.
Gestão de emergências: estar preparado para o pior
Mesmo com todas as precauções, é preciso aceitar uma realidade: em ambientes de alto risco, acidentes podem acontecer. Por isso, a gestão de emergências é uma das colunas centrais da segurança em refinarias.
Cada refinaria deve possuir um plano de emergência atualizado, com:
- Identificação de cenários de acidentes mais prováveis (incêndios, vazamentos tóxicos, explosões);
- Planos de evacuação, isolamento de áreas e contenção;
- Equipes de brigadistas treinadas e equipadas;
- Simulados periódicos com participação de todos os turnos.
Na SSOIL Energy, esse preparo é levado a sério, com simulações integradas às auditorias internas e treinamentos realistas, visando desenvolver a prontidão dos times operacionais em qualquer turno ou condição.
6. Desafios da terceirização
Refinarias costumam ter muitos trabalhadores terceirizados, principalmente em áreas de manutenção, limpeza, transporte e vigilância. A segurança desses trabalhadores é uma responsabilidade compartilhada, mas frequentemente negligenciada.
Os desafios mais comuns incluem:
- Diferenças no nível de treinamento;
- Falta de familiaridade com os riscos específicos da planta;
- Comunicação precária entre contratada e contratante;
- Dificuldades em fiscalizar e integrar terceirizados à cultura de segurança.
A SSOIL Energy atua ativamente nesse ponto, com programas de integração específicos para terceiros, exigência de qualificação técnica e treinamentos padronizados. Assim, garante que todos que entrem na planta — sejam próprios ou contratados — estejam no mesmo patamar de segurança e alinhados à cultura organizacional.
7. Tecnologia a favor da segurança
A transformação digital também chegou à segurança do trabalho. Muitas refinarias já utilizam tecnologias como:
- Drones para inspeção de áreas elevadas ou de difícil acesso;
- Sensores vestíveis que monitoram sinais vitais de trabalhadores e alertam sobre fadiga térmica ou gases tóxicos;
- Softwares de gestão de segurança integrados com análise de dados e inteligência artificial;
- Realidade virtual e aumentada para treinamentos imersivos e simulações de emergência.
Na SSOIL Energy, essas inovações já fazem parte da rotina. A empresa investe continuamente em tecnologias que potencializam a prevenção e otimizam a tomada de decisão, mantendo sua operação em níveis elevados de confiabilidade e segurança.
Segurança é um valor, não uma obrigação
Segurança em refinarias não é apenas um conjunto de normas a serem cumpridas. É uma estratégia vital para a continuidade dos negócios, proteção da vida humana e preservação do meio ambiente.
O grande desafio está em manter a vigilância constante, mesmo nas rotinas mais banais, e em tratar a segurança como valor essencial da organização, não como obrigação legal.
Empresas como a SSOIL Energy mostram que é possível equilibrar eficiência operacional, inovação e proteção à vida, quando se tem a segurança como valor inegociável. Investir em cultura, capacitação, planejamento e tecnologia não é custo — é sobrevivência. E, acima de tudo, é respeito ao trabalhador que, todos os dias, lida com o risco para garantir a energia que move o mundo.
* A Segurança Baseada em Comportamento (BBS) é um programa focado na observação e correção de atitudes inseguras, partindo do princípio de que a maioria dos acidentes de trabalho decorre de comportamentos inadequados. Seu objetivo é reduzir ocorrências e tornar o ambiente mais seguro por meio da mudança de comportamento.
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