
O Bandeirante Esporte Clube de Birigui entrou oficialmente com pedido de recuperação judicial. A medida foi protocolada no Tribunal de Justiça de São Paulo e tem como base as leis que regulam empresas e clubes esportivos em crise no país (Lei 11.101/05 e Lei 14.193/21).
A decisão ocorre em meio a uma grave situação financeira. O clube, que disputa a série A-3 do Paulista, acumula um passivo estimado em R$ 4 milhões, composto principalmente por dívidas trabalhistas e com fornecedores.
Segundo a diretoria atual, a crise foi agravada pela ausência do time em campeonatos de maior visibilidade, além dos efeitos duradouros da pandemia, que comprometeram receitas com bilheteria, patrocinadores e calendário esportivo.
Outro fator que pressiona o caixa do clube são os bloqueios judiciais em contas bancárias, decorrentes de ações movidas por ex-funcionários. Mesmo com algum faturamento via ingressos e patrocínios, o Bandeirante opera em estado de iliquidez, o que impede investimentos básicos para sua manutenção e crescimento.
A atual gestão, comandada pelo presidente André Luiz Batista, afirma que a recuperação judicial é um passo necessário para tentar reorganizar as finanças e garantir a continuidade das atividades. Segundo ele, a iniciativa foi aprovada pelo Conselho Deliberativo e busca preservar a função social do clube e sua relação com a comunidade.
Apesar do cenário desfavorável, o clube planeja implementar uma gestão mais profissional, valorizar as categorias de base e estabelecer parcerias com a iniciativa privada para tentar reerguer sua estrutura. A promessa é de um planejamento voltado para o médio e longo prazo, com foco em sustentabilidade financeira.
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