
Um policial militar reformado, identificado como A. H. C., de 55 anos, foi preso em flagrante na noite desta quinta-feira (19) após provocar um grave acidente na Rodovia Feliciano Salles da Cunha (SP-310), em Guzolândia, que resultou na morte de um homem e deixou outras três pessoas feridas. O condutor é irmão de M. W. H. C., conhecido pelo apelido “Marcola”, ligado ao crime organizado.
De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, o grupo de amigos havia passado o feriado prolongado em um rancho às margens do rio Tietê. O PM da reserva dirigia um Toyota Yaris com placas de Belo Horizonte, no sentido Auriflama, acompanhado de dois passageiros. Logo atrás seguia uma caminhonete Ford F-350, com placas de Campo Limpo Paulista, conduzida por A.G.F., que não possuía carteira de habilitação.
Segundo a apuração preliminar, o policial teria tentado desviar de um animal na pista, perdido o controle do veículo e atravessado na rodovia. O motorista da F-350 não conseguiu frear a tempo e colidiu violentamente com a lateral do Yaris.
O aposentado Antonio Carlos Martins Sobrinho, de 67 anos, que estava no banco traseiro do Yaris, foi socorrido em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na Santa Casa de Auriflama. Outro passageiro, um advogado de 59 anos, sofreu lesão com suspeita de perfuração pulmonar e foi transferido para Araçatuba. Um terceiro ocupante teve ferimentos na boca e permaneceu em observação no pronto-socorro local. O PM reformado não se feriu.
Embriaguez e arma sem porte
Durante o atendimento da ocorrência, A. H. C. foi submetido ao teste do etilômetro, que apontou 0,40 mg/l de álcool no ar alveolar, índice que configura crime de embriaguez ao volante com agravante por morte. Além disso, no interior do carro foi localizada uma pistola calibre 9 mm com 11 munições, sem porte nem documentação. A arma foi apreendida.
A prisão em flagrante foi lavrada pelo delegado plantonista Dr. Igor Alberto, na Delegacia de Auriflama. O policial permaneceu sob custódia da Polícia Militar, conforme o protocolo legal para militares, e foi encaminhado à audiência de custódia na manhã desta sexta-feira (20), onde obteve liberdade provisória. A. H. C. pagou fiança no valor de R$ 7.590,00 e deverá cumprir medidas cautelares para permanecer em liberdade.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil e poderá resultar em indiciamento por homicídio culposo na direção de veículo automotor e lesão corporal.
Fale com o Folha da Região!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.