Uma mulher foi torturada, esfaqueada, teve o cabelo raspado e seus pertences roubados em Belo Horizonte (MG). O crime, filmado e divulgado nas redes sociais, foi cometido por um trio — um homem e duas mulheres — que acabou preso pela Polícia Civil nessa segunda-feira (5).
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Segundo a Polícia Civil, a vítima e a mandante do crime são garotas de programa e trabalhavam juntas em diferentes casas de prostituição em Belo Horizonte. A motivação do crime teria sido ciúmes por parte de uma das suspeitas.
“Durante o trabalho, em algumas ocasiões, elas atendiam o mesmo cliente. A autora acabou se apaixonando pela vítima, mas não teve o sentimento correspondido. Isso gerou grande revolta e motivou a vingança”, afirmou o delegado Carlos Eduardo, da 3ª Delegacia do Barreiro, em entrevista ao jornal O Tempo.
Ainda de acordo com o delegado, a mandante tentou convencer a vítima a se relacionar com ela alegando ter "recebido uma entidade" que determinava que as duas deveriam ficar juntas. Ela teria ameaçado a vítima dizendo que, caso não aceitasse, “consequências” seriam sofridas.
Crime planejado.
Com a ajuda de um homem e de outra mulher, a suspeita planejou toda a ação criminosa. Ela entregou à comparsa as chaves da casa da vítima e a ordenou que fosse até o imóvel no dia do crime.
“O terceiro envolvido, um homem, ficou responsável por levar a executora da tortura até a residência, oferecendo apoio e proteção, se necessário. A executora se escondeu no local e, por volta das 21h, quando a vítima chegou, foi surpreendida e rendida”, detalhou o delegado.
A mulher foi amarrada com fios elétricos, teve pernas e braços presos e foi violentamente agredida com chutes e socos. “Após as agressões, a criminosa cortou todo o cabelo da vítima com uma tesoura, raspou as sobrancelhas e a obrigou a engolir diversos cigarros”, informou.
Antes de deixar o imóvel, a autora do ataque roubou todo o dinheiro que a vítima guardava em casa e a forçou a realizar transferências via Pix para a conta da mandante. Os celulares da vítima também foram levados.
Prisões.
A Polícia Civil prendeu, em Belo Horizonte, a mandante do crime e o homem que deu apoio logístico à execução. Já a mulher responsável direta pela tortura foi localizada e presa em Matipó, na zona da mata.
“Ela veio a BH para cometer o crime e retornou para o interior acreditando que não seria identificada, muito menos presa”, explicou a polícia.
Ainda conforme as investigações, a mandante possui antecedentes por estelionato, enquanto a executora tem passagens por uso e tráfico de drogas. O trio está sendo investigado por tortura e roubo qualificado.
* Com informações do jornal O Tempo
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