
O tradicional “Lunedì dell’Angelo”, ou “Pasquetta”, dia em que os italianos costumam celebrar a vida com passeios ao ar livre e momentos de confraternização após a Páscoa, o início da primavera, está profundamente ofuscado pela notícia do falecimento do Papa Francisco, aos 88 anos.
Na manhã desta segunda-feira, 21 de abril, quando famílias se reúnem em parques e campos, o Vaticano confirma a morte do pontífice, ocorrida na Casa Santa Marta, após semanas de agravamento de sua saúde. A notícia se espalha rapidamente, trazendo um tom de luto e reflexão a uma data geralmente associada à renovação, à esperança e à alegria.
Papa Francisco, o primeiro pontífice latino-americano e jesuíta da história da Igreja, será lembrado por sua humildade, firme compromisso com os mais pobres, seu apelo pela paz e pela justiça social, e pela sua mensagem incansável de misericórdia e inclusão.
Neste Lunedì dell’Angelo, em que a tradição cristã celebra o anúncio da ressurreição feito pelo anjo às mulheres no túmulo de Cristo, muitos fiéis encontraram um novo significado na data: a despedida de um pastor que, como poucos, soube viver e anunciar o Evangelho com simplicidade e coragem.
Mônica Potricos Cenci é jornalista, mora na Província de Bergamo, Itália
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