SAÚDE

Bebê de 8 meses morre por H1N1 em Araçatuba

Por Guilherme Renan | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Guilherme Renan/FR
Santa Casa confirma que a criança, internada desde abril, não havia sido vacinada contra influenza
Santa Casa confirma que a criança, internada desde abril, não havia sido vacinada contra influenza

A Santa Casa de Araçatuba confirmou, na manhã desta terça-feira, 13, a morte de uma bebê de 8 meses, moradora da cidade, em decorrência de complicações causadas pelo vírus H1N1. A criança estava internada na UTI Neonatal e Pediátrica da unidade desde o dia 16 de abril, em estado grave, com diagnóstico de síndrome respiratória aguda.

O óbito foi registrado às 18h30 do último domingo, 11. Segundo informações do Serviço de Vigilância Epidemiológica Hospitalar, exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz confirmaram a infecção por H1N1. Ainda conforme o setor, não havia registros de vacinação da criança contra influenza ou covid-19 no sistema nacional de imunização.

O caso acende o alerta para o aumento expressivo de doenças respiratórias no município. Na semana passada, a Prefeitura de Araçatuba já havia informado sobre a superlotação dos serviços de urgência, devido ao crescimento dos atendimentos por gripe, pneumonia, bronquiolite e outros quadros respiratórios, uma situação semelhante à vivida por várias cidades do país.

O Pronto-socorro Municipal registrou em abril 2.907 atendimentos relacionados a síndromes respiratórias, sendo 2.240 adultos e 667 crianças um aumento de 77% em comparação com os 1.640 casos registrados em janeiro.

A situação tem pressionado também as transferências hospitalares. De janeiro até o dia 5 de maio, 232 crianças com sintomas respiratórios foram encaminhadas para internação em enfermarias e UTIs, em Araçatuba ou cidades da região. Somente em abril, foram 111 transferências pediátricas, o número mais alto do ano.

As UBSs (Unidades Básicas de Saúde) também registraram crescimento expressivo no número de atendimentos. Em março, 837 pacientes procuraram as unidades com sintomas gripais. No mês seguinte, o número subiu para 1.374 acolhimentos.

Diante do cenário, autoridades de saúde reforçam a importância da vacinação contra a gripe, especialmente para crianças, idosos e outros grupos de risco. A campanha de vacinação segue em andamento em toda a rede pública do município.

A Vigilância Epidemiológica continua monitorando a situação e orienta que a população procure atendimento médico ao apresentar sintomas como febre alta, tosse persistente e dificuldade para respirar.

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